A análise de notebooks, agendas e a quebra de sigilo telemático que inclui troca de mensagens por e-mail e outras plataformas de comunicação apreendidos durante ação do Ministério Público (MP) na Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves e na residência de quatro vereadores, durante a segunda-feira, 4 de junho, em cruzamento com outros elementos de prova, pode revelar o grau de envolvimento dos parlamentares com os empresários ou investidores do ramo da construção civil.
Em uma entrevista coletiva na tarde desta segunda, o promotor de justiça Alécio Silveira Nogueira não detalhou o tipo de conteúdo confiscado na “Operação 165”, mas deixa claro que tudo deverá ser tecnicamente analisado.
“Todo material ainda será analisado pelos peritos do Grupo de Apoio ao Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Os materiais apreendidos vão desde notebooks pessoais, cópia de arquivos dos computadores funcionais, agendas, celulares e muitos documentos que serão, minuciosamente, analisados”.
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Na gravação apresentada por pessoas da comunidade ao MP que motivou a instauração do inquérito que tramita sob sigilo há o oferecimento de propina de R$ 40 mil a parlamentares em troca de aprovação de emendas ao plano diretor da cidade.
Sem dar prazo para a conclusão do inquérito a promotoria de justiça revela que ainda serão ouvidos outras testemunhas e os empresários citados na gravação.
Não há limites quanto à ampliação das investigações, contanto que se tenha elementos que motivem o alcance, podendo até mesmo ser incluso o Poder Executivo de onde o projeto se origina, o que ainda não é o caso.
