Com o desabastecimento e a não chegada de combustíveis nos postos de Caxias do Sul os estabelecimentos já não tem mais gasolina, seja comum ou aditivada, e etanol. O fato se dá por conta dos bloqueios dos caminhões nos mais diversos pontos na Serra Gaúcha.
Alguns postos contam apenas com diesel S10 e S500, mas também em quantidades reservadas. Em determinados estabelecimentos, o diesel é reservado para abastecer caminhões da prefeitura, Samae, ambulâncias, enfim, serviços públicos.
Conforme o presidente do Sindipetro Serra Gaúcha, Eduardo Martins, os postos ficaram sem gasolina ainda na noite de quinta-feira, dia 24. Alguns estabelecimentos ainda possuíam etanol, mas zeraram o estoque no início da manhã desta sexta, dia 25.
“Gasolina e etanol não se encontram mais em nenhum posto de Caxias. Ainda tem diesel e a gente não tem notícia nova de liberar o carregamento para os caminhões que estão presos em Esteio. Não tem previsão de regularizar esse problema. Acredito que, a partir do fim da paralisação, deva demorar no mínimo três dias para regularizar. A própria indústria deve voltar apenas na quarta-feira, dia 30, se a manifestação terminar hoje, porque vai faltar matéria-prima”, salienta.
Martins é enfático e salienta que o Sindipetro apoia as manifestações iniciadas pelos caminhoneiros.
“O Sindipetro apoiou a manifestação. Acha que é legítima. Acha que o governo federal deveria baixar o imposto para que o preço não chegasse na população tão alto. Os estados que tem alíquota de ICMS diferentes, o Rio Grande do Sul é o que tem a mais alta do país, 30%, mas o único que pode melhorar o preço é o governo. Metade do valor que está nas bombas é imposto”, completa.
Autarquias e serviços públicos de Caxias já estão racionando a utilização de veículos, utilizando mais em casos emergenciais. A Visate, está trabalhando apenas com metade da frota, para garantir a circulação do transporte público, ao menos, até domingo, dia 27.