O presidente Michel Temer garantiu, durante um pronunciamento realizado às 16h desta quinta-feira, dia 18, que não vai renunciar ao mandato e que não teme a investigação do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Não renunciarei. Repito, não renunciarei”, disse.
Temer respondeu às acusações contidas na delação premiada dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos da JBS. em que eles afirmam ter gravado Temer avalizando pagamentos para que o ex-deputado Eduardo Cunha não fechasse um acordo de colaboração com a Operação Lava-jato.
“No Supremo, mostrarei que não tenho nenhum envolvimento com esses fatos. Não renunciarei, sei o que fiz e sei a correção dos meus atos. Exijo investigação plena para o esclarecimento ao povo brasileiro”.
Confira o pronunciamento:
Temer garantiu que não teve acesso às gravações ou à íntegra da delação, homologada pelo ministro Edson Fachin, do STF, afirmou que as gravações seriam clandestinas, o que é negado pela Polícia Federal, e pediu uma investigação rápida.
“Sei o que fiz e sei da correção dos meus atos, e exijo investigação plena e muito rápida para os esclarecimentos ao povo brasileiro. Essa situação de dúvida não pode persistir por muito tempo”, disse Temer.
O presidente seguiu as orientações dos ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco e reafirmou o que seriam os resultados positivos das políticas econômicas de seu governo.
Mesmo com a defesa, a base governista se mostra dividida, mas há um rumor de que o governo se tornou insustentável. As primeiras baixas já foram anunciadas: o PPS, que defendeu a renúncia, decidiu deixar o governo. Assim, o ministro Roberto Freire já anunciou que deixará a pasta da Cultura. O PSDB também pode anunciar a saída da base governista, e o ministro das Cidades, Bruno Araújo, também afirmou que deixa o governo.