Segundo Abidip, medida pode impactar diretamente na inflação, elevando a taxa em até 0,25% - Foto: Depositphotos - Fonte: Agência Câmara de Notícias
A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados promoverá, na próxima terça-feira (10), uma audiência pública para debater o potencial aumento do Imposto de Importação incidente sobre pneus, de 16% para 35%, conforme solicitado pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip). O tema aguarda votação na Câmara de Comércio Exterior (Camex) e tem gerado preocupação entre transportadores, caminhoneiros e empresários do setor.
Segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores e Distribuidores de Pneus (Abidip), a medida, se aprovada, pode elevar em até 25% o preço final dos pneus para caminhões e ônibus. A entidade também afirma que o impacto pode ser direto na inflação, elevando a taxa em até 0,25%.
Lideranças dos transportadores autônomos têm alertado caminhoneiros e entidades ligadas ao setor agropecuário e à indústria sobre os impactos da possível majoração, convocando esses players a participarem da audiência pública.
“Os fabricantes nacionais deveriam estar preocupados em reduzir seus custos e se tornarem mais competitivos, em vez de taxarem os concorrentes. Em nossa visão, o eventual aumento do imposto de importação não vai alterar em nada a condição comercial do produto nacional, que já é extremamente protegido, com incidência de medidas antidumping e a maior taxa de importação do mundo”, afirma Janderson Maçanero, conhecido como Patrola, que tem representado os motoristas nas discussões.
Para a Abidip, o aumento da alíquota de importação de pneus visa unicamente favorecer o segmento de fabricantes nacionais, que é altamente concentrado, com apenas 11 marcas detendo a maior fatia do mercado (63,06%). No entanto, para as 180 empresas importadoras, que juntas detêm 36,94% do mercado, essa medida pode até inviabilizar suas operações no Brasil.
Patrola explica ainda que os pneus representam o segundo maior custo para os transportadores, perdendo apenas para o óleo diesel:
“A indústria nacional fala em proteção de empregos, mas o que vai acontecer, se houver o aumento do imposto, é que, com a menor concorrência de pneus importados, abre-se caminho para o encarecimento do produto nacional, o que impactará o preço do frete e, consequentemente, o valor de todos os produtos nas prateleiras”, afirma. “No fim, quem vai pagar é o consumidor”, salienta.
Na audiência pública, são esperados representantes da Abidip, da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), entre outros.
Samer Nasser, diretor de Relações Institucionais da XBRI Pneus, marca brasileira e um dos maiores players do setor na América Latina, ressalta que não há justificativa para o pedido de aumento do Imposto de Importação, com base na alegação equivocada de concorrência desigual com os importados.
“Isso não é verdade, pois o custo de produção de pneus no Brasil é semelhante ao dos concorrentes internacionais. No entanto, os fabricantes nacionais preferem não baixar os preços, confiantes no valor e na tradição de suas marcas. Porém, os consumidores brasileiros estão percebendo que há muitos outros atributos a serem considerados na hora de comprar um pneu, especialmente a qualidade”, avalia.
A Caixa Econômica Federal sorteou sete loterias: Mega-Sena; Lotofácil; Quina; Timemania; Loteca; Dia de Sorte…
Débora Rodrigues dos Santos, acusada pelo STF de participar do de 8 de janeiro de 2023…
Condenado a 16 anos e 4 meses de prisão, o homem estava foragido desde 2020
As atividades temáticas de Hip Hop acontecem neste domingo (27), na Escola Municipal de Ensino…
Time treinado por Fábio Matias segue sem pontuar fora de casa no Brasileirão
Incêndio aconteceu em um beco no bairro Esplanada, na zona sul da cidade; Apesar do…
This website uses cookies.