Negócios e Mercado

Inteligência Artificial burla até sistemas de verificação bancária nos EUA

 

A Inteligência Artificial não para de surpreender, para o bem e para o mal. A plataforma utiliza ‘redes neurais’ para gerar imagens de documentos e através de um site oferece o serviço de criar fotos de documentos falsos, por US$ 15 (aproximadamente R$ 75). Entre as falsificações disponíveis estão carteiras de habilitação dos EUA e passaportes. Surpreendentemente, essas falsificações têm sido aceitas por empresas financeiras como verificação de identidade para a abertura de contas.

 

De acordo com uma reportagem do site 404 Media, a criação de uma carteira de motorista falsa do estado da Califórnia (EUA) exigiu apenas uma foto de passaporte e o preenchimento dos dados desejados. Até mesmo a assinatura foi gerada automaticamente, resultando em uma imagem artificial que simula o documento falso sobre um carpete, como se tivesse sido colocado ali para tirar uma foto durante um processo de verificação.

Além das carteiras de motorista da Califórnia, o site oferece serviços de falsificação para documentos como carteiras de motorista do Arizona (EUA), passaportes da Suíça e do Canadá, e documentos de identidade da Áustria, entre outros.

O desenvolvimento da tecnologia de IA utilizada para essa falsificação ocorreu ao longo de três anos, de acordo com o proprietário do site. Para criar os modelos, os criminosos buscaram imagens escaneadas dos documentos em altíssima resolução, como 10.000 x 10.000 pixels. Além disso, esforçaram-se para obter vários ângulos, a fim de compreender como as imagens holográficas eram produzidas.

Documentos falsificados enganam empresas

Embora o resultado da falsificação seja apenas uma imagem e não um documento físico, as possibilidades de uso são significativas. O proprietário do site afirma ser possível contornar serviços online, como bancos, corretoras de criptomoedas e até mesmo plataformas de aluguel de imóveis.

Em testes realizados pela 404 Media, foi possível criar uma conta na corretora de criptomoedas OKX utilizando um passaporte britânico falso. O aplicativo da OKX solicita uma foto do documento usando a câmera do smartphone. No entanto, a reportagem tirou uma foto da imagem do documento falso na tela do laptop. Surpreendentemente, o sistema de verificação aceitou.

Ao ser questionada pela publicação, a Jumio, empresa responsável pela verificação de identidade, afirmou utilizar processos de verificação avançados e checagem de informações para prevenir fraudes, mas não comentou sobre o caso específico.

Gerson Lenhard

Jornalista com atuação em jornais por 25 anos e experiência de mais de 12 anos em rádio. Acompanha a política nacional e o mundo dos negócios, especialmente em Bento Gonçalves.

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