Foto: Wikipedia / Christian Roger Dockhorn
O saruê, gambá-de-orelha-preta (Didelphis aurita) é um marsupial de pequeno porte nativo da América do Sul, encontrado principalmente nas regiões de florestas tropicais e subtropicais. Apesar de muitas vezes ser associado a lendas e mitos populares que o retratam de forma negativa, este animal desempenha um papel fundamental no equilíbrio ecológico, sendo um controlador natural de pragas e contribuindo para a dispersão de sementes.
O gambá-de-orelha-preta habita principalmente as áreas florestadas do leste e sudeste do Brasil, incluindo a Mata Atlântica, um dos biomas mais ricos em biodiversidade, mas também um dos mais ameaçados do planeta. Sua distribuição se estende também pelo Paraguai e Argentina, sempre preferindo ambientes úmidos e com densa vegetação, como florestas e matas secundárias.
Por ser um animal muito adaptável, o gambá também consegue viver em áreas urbanas e periurbanas, sendo visto frequentemente em quintais, terrenos baldios e matas fragmentadas próximas a cidades.
O gambá-de-orelha-preta é onívoro e possui uma dieta extremamente variada, o que contribui para sua capacidade de adaptação a diferentes ambientes. Seu cardápio inclui:
Essa diversidade alimentar faz com que o gambá-de-orelha-preta desempenhe uma função importante na cadeia alimentar, sendo tanto predador quanto presa para animais maiores, como corujas e cobras.
O ciclo de vida do gambá-de-orelha-preta é relativamente curto, com uma expectativa de vida em torno de 2 a 4 anos na natureza, dependendo das condições ambientais e dos predadores naturais.
O saruê é conhecido por seu comportamento noturno, saindo para caçar e se alimentar principalmente à noite. Além disso, é um animal solitário, exceto durante a fase de amamentação dos filhotes.
Quando se sente ameaçado, o gambá-de-orelha-preta adota uma estratégia defensiva muito peculiar: ele finge estar morto, ficando completamente imóvel e com o corpo relaxado, um comportamento chamado de tanatose. Além disso, pode emitir um líquido de odor desagradável, liberado por glândulas anais, para afastar predadores.
O saruê tem uma importância vital no ecossistema, exercendo diversas funções que contribuem para o equilíbrio ambiental.
Embora o gambá-de-orelha-preta não esteja atualmente na lista de espécies ameaçadas de extinção, ele enfrenta diversos desafios em seu habitat. A destruição das florestas, especialmente a Mata Atlântica, devido ao desmatamento e à urbanização, representa uma séria ameaça para suas populações. Além disso, o contato crescente com áreas urbanas aumenta os riscos de atropelamentos e conflitos com humanos.
O saruê, com seu comportamento noturno e aparência peculiar, pode não ser o animal silvestre mais carismático da fauna brasileira, mas é, sem dúvida, um dos mais importantes para a manutenção do equilíbrio ecológico.
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