Foto: Arquivo Leouve
Boas práticas devem ser incentivadas. Uma delas, a meu ver, é o “Projeto Alquimia” do Ministério Público, cujo objetivo é restaurar telefones celulares e destiná-los a estudantes em situação de vulnerabilidade.
No dia 21 de novembro de 2020, a imprensa local noticiou que o Ministério Público de Bento Gonçalves-RS distribuiu aparelhos de telefone celular, prática aquela que se prestou a mudar, literalmente, a realidade de muitos estudantes oriundos de famílias de baixa renda que, no contexto de aulas por videoconferência, em que tiveram, de ora para outra, de se adaptar às aulas “on line”, isto é, ao ensino de forma remota, quando não tinham acesso mínimo sequer a tecnologias essenciais que pudessem permitir às crianças e aos adolescentes assistirem às aulas.
Eram, em verdade, celulares que saíram de dentro de Penitenciárias, para onde foram arremessados, a fim de chegarem aos presos, bem como aparelhos que haviam sido apreendidos em inquéritos policiais e mesmo em processos judiciais. Deles desvinculados, com autorização de descarte (iriam para o lixo), mas graças a um Projeto Institucional, os aparelhos foram restaurados e passaram a ser reutilizados no auxílio de alunos carentes a manterem em dia os seus estudos.
Em Bento Gonçalves, registre-se, segundo a 16ª Secretaria Regional de Educação, cerca de 400 alunos da Rede Pública Municipal de Ensino, não tinham aparelhos celulares, ou em tendo, eram incompatíveis, por obsoletos, em termos tecnológicos, para acesso às plataformas virtuais de ensino (“Google Classroom”, por exemplo), além de muitos deles não terem igualmente acesso à internet. Como poderiam acompanhar as aulas em tais condições? Era uma ficção, nada mais que isso.
Pelo Projeto, foram distribuídos 100 aparelhos celulares. Cada aluno, recebeu um celular, um carregador e um chip, podendo usá-los mesmo sem que tivesse internet em casa, porque o Governo do Estado fez uma parceria com as empresas de telefonia celular, com um pacote de dados específicos para plataformas de estudo.
Mas é importante registrar que essas práticas tiveram precedentes no Rio Grande do Sul: em 06 de agosto de 2020, alguns meses antes, a imprensa gaúcha também noticiou que o Ministério Público entregava a alunos da rede pública de ensino do Litoral Norte, Maquiné e Osório, celulares apreendidos na Penitenciária Modulada Estadual de Osório, para que as ferramentas, afora reformadas e formatadas, pudessem auxiliar na realização das atividades remotas durante a pandemia. A primeira leva foram de 40 aparelhos.
Recentemente, o Projeto ganhou projeção no Município de Santa Cruz do Sul, onde, igualmente, da união de parcerias Público-Privadas, foi, também, possível doar a estudantes carentes um número expressivo de aparelhos de telefone celular apreendidos em circunstâncias semelhantes.
Também é importante que se diga que nada disso seria possível sem a confluência de distintas instituições e entidades, ou seja, um conjunto de esforços oriundos de vários segmentos do poder estatal (Poder Judiciário, Polícia Civil, o Governo do Estado e outras parcerias privadas), no sentido de promover a inclusão, vez que a pandemia acentuou as desigualdades sociais e a necessidade de políticas inclusivas de modo inteligente e sem grandes custos.
Sublinhe-se que cada um de nós pode contribuir com o Projeto. Na troca de celulares, se o velho sobrar, este representa uma viabilidade para que estudantes carentes possam desenvolver seus estudos e pesquisas. Se você tem um telefone para descarte, desapegue: doe! O que para você não tem mais significado, para outros, pode ser a solução. Particularmente, esse relato, em conjunto, se revela de grande importância: ele me traz uma pontinha de esperança de que o Brasil pode, sim, ter salvação, desde que possamos pensar em fazer a diferença para os outros, viabilizando às nossas crianças e aos nossos adolescentes, uma real expectativa de um futuro melhor pela educação.
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