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Procura por vacina contra a febre amarela aumenta 500% nas UBSs de Caxias

O aumento de 500% na procura pela vacina contra febre amarela no último mês chama a atenção nos setores de saúde pública em Caxias do Sul. Segundo dados da Vigilância em Saúde, em dezembro eram aplicadas entre 110 e 160 doses por semana, aproximadamente. Nesta semana, cerca de 825 pessoas foram vacinadas.

A Secretaria Municipal (SMS) esclarece que Caxias não tem registro de casos de febre amarela em humanos, ao contrário de outros estados, como Rio de Janeiro e São Paulo. A cidade não é considerada área de risco para a doença, então não há necessidade de uma corrida às Unidades Básicas de Saúde (UBSs) em busca da vacina.

Não registro de casos de febre amarela em humanos, em Caxias (Foto: Divulgação)

A diretora da Vigilância em Saúde, Maria Ignez Bertelli, afirma que não há motivo para esta urgência em se vacinar. Rotineiramente, a dose já é ofertada à população, em todas as UBSs, conforme o calendário de imunização.

Prioriza-se crianças na idade recomendada (a partir dos nove meses) e as pessoas ainda não vacinadas que vão viajar para áreas de risco ou países que exigem o Certificado Internacional de Vacina contra Febre Amarela. A dose disponível em Caxias do Sul sempre foi a usual e nunca a fracionada, ou seja, não é necessário se vacinar mais de uma vez.

Desde 2017, o Ministério da Saúde, seguindo uma recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), indica a dose única da vacina contra febre amarela para a população. A nota informativa nº 94/2017 emitida pelo Ministério explica:

“A dose de reforço não é mais recomendada por considerar que a imunidade protetora desenvolve-se dentro de 30 dias para cerca de 99% das pessoas que recebem uma dose da vacina”. Desde então, a vacina deve ser aplicada apenas uma vez, garantindo proteção para toda a vida.

Segundo Maria Ignez, desde 2009, Caxias do Sul faz parte da área de recomendação de vacinação contra febre amarela. Naquela época, foram encontrados macacos com o vírus na área rural da Serra Gaúcha. Os macacos também são vítimas da doença e se comportam como sentinelas, sinalizando a presença do vírus, transmitido por mosquitos, em determinada região.

“Em 2009 realizamos uma grande campanha no município e 56% da população foi vacinada, totalizando 234.155 doses aplicadas neste período. Posteriormente, a vacina entrou no Calendário Nacional para todas as crianças, a partir dos nove meses, e para a população em geral”. Monitoramos a aplicação e, conforme a série histórica, de 80% a 89% das crianças menores de um ano têm recebido a sua dose. Além disso, as vacinas também são feitas para outras faixas etárias, o que nos indica que a maior parte da população está imunizada”, conclui.

A circulação do vírus da Febre Amarela no município também é acompanhada por meio da análise laboratorial dos casos de macacos encontrados mortos na região. Em dez anos de monitoramento dos animais, não houve nenhum caso positivo.

Serviço para vacinação

A vacina contra a doença está disponível em todas as UBSs. A aplicação é feita nas quartas-feiras, com exceção da UBS Parque Oasis, que realiza esse trabalho nas sextas-feiras. Não é obrigatório apresentar o Cartão SUS para fazer vacinas, apenas um documento de identidade. Para quem vai viajar para áreas de risco, recomenda-se que a dose seja aplicada pelo menos dez dias antes, tempo necessário para que a imunização confira a devida proteção ao indivíduo.

A imunização contra a Febre Amarela é indicada a partir dos nove meses de idade até os 59 anos. Não é recomendada para crianças menores de nove meses, gestantes, pessoas com câncer ou outras doenças imunodeficientes ou em uso de medicações imunossupressoras. Idosos a partir dos 60 anos precisam apresentar indicação médica para recebê-la. Mães que estão amamentando crianças menores de seis meses devem interromper a amamentação por dez dias, após fazer a vacina. Estas pessoas devem se vacinar somente se forem para área de risco iminente.

Em caso de dúvida, o usuário pode entrar em contato com a UBS do seu bairro ou com a Vigilância Epidemiológica, pelos telefones: 3290.4558; 3290.4560; 3290.4564; 3290.4570.

Maicon Rech

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