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MPF pede bloqueio de R$ 1 bi dos patrimônios de Nuzman

O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça que autorize o bloqueio de pelo menos R$ 1 bilhão dos patrimônios do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, do empresário Arthur César de Menezes Soares Filho — conhecido como “rei Arthur” por dominar os contratos de prestação de serviços com o governo do estado do Rio — e de sua sócia Eliane Pereira Cavalcante. Os três são alvos da Operação Unfairplay, da Polícia Federal (PF), que investiga o pagamento de propina a membros do Comitê Olímpico Internacional (COI) em troca de votos a favor do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

Os investigadores afirmam tratar-se de uma “organização criminosa, em que todos os investigados envolvidos obtiveram lucros mediante prática de corrupção, são todos responsáveis pela lesão causada aos cofres públicos” e ressaltam que “o pagamento de propina para compra de votos, na tentativa de garantir o Rio de Janeiro como cidade sede das Olimpíadas de 2016, acarretou grave dano à imagem do Brasil”.

De acordo com as investigações, Arthur Soares usou a offshore Matlock Capital Group para transferir US$ 2 milhões para a conta de Papa Diack, filho de Lamine Diack, então presidente da Federação Internacional de Atletismo, a maior federação olímpica.

O valor teria sido descontado da propina paga regularmente por Soares ao então governador do Rio, Sérgio Cabral Filho, como relata o MPF: “Além de pagamentos diretos para Sérgio Cabral, Arthur Soares também destinou parte da propina devida a Sérgio Cabral para pagar membro da comissão que escolheria a cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2016”.

Além dos US$ 2 milhões pagos a Diack, outros US$ 10,4 milhões foram transferidos por Soares diretamente para Cabral, por meio do doleiro Renato Chebar, numa conta do EVG Bank, com sede em Antígua e Barbuda.

Esta transação foi comprovada por documentos fornecidos pelas autoridades do país caribenho e pelo gestor do banco Enrico Machado, doleiro e colaborador da Operação Calicute (que investiga desvio de verbas nas obras do PAC de Manguinhos, do Arco Metropolitano e de reforma do Maracanã para a Copa de 2014).

O depósito foi feito no dia 29 de setembro de 2009, em Dakar, no Senegal, três dias antes da escolha da capital carioca como sede das Olimpíadas, segundo a peça do MPF.

Quanto ao dano material, a Procuradoria afirma que “é possível precisar” que o valor da indisponibilidade de bens deve ser de “ao menos US$ 10.474.460,00, que foi o valor total creditado na conta da empresa Matlock, titularizada por Arthur Cesar de Menezes Soares Filho e mantida por este no Banco EVG”. O valor corresponde a aproximadamente R$ 32,5 milhões.

Redação Leouve

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