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‘Isso é a velha política que se vende como moderno’ diz ex- vice governador sobre reforma tributária no RS

O ex-vice governador do Rio Grande do Sul, José Paulo Cairoli, em entrevista ao programa Jornal da Manhã, da Jovem Pan Serra Gaúcha, comentou sobre um artigo publicado por ele nos últimos dias com o título “O Rio Grande do Sul não pode dar marcha ré”, onde ele critica a proposta da reforma tributária apresentada pelo atual Governador do Estado, Eduardo Leite.

Cairoli lembrou que quando ele e José Ivo Sartori ocupavam o Palácio Piratini, ele mostraram a realidade financeira que estava o Rio Grande do Sul e apresentaram um ajuste do ICMS em 2016. Conforme ele o pedido era que o aumento se mantivesse durante quatro anos e a Assembléia Legislativa aprovou por apenas dois anos. Ao fim do mandato, houve o pedido para que se fosse prorrogado por mais dois anos, por Eduardo Leite, tempo necessário para que houvesse o fluxo de caixa prometido.

Cairoli se disse surpreso que, ao final dos dois anos, o governador apresente um aumento da carga tributário.

“Para nossa surpresa, ele propõe taxar produtos da cesta básica que chega a 142%. Isso atinge em cheio as pessoas de baixa renda. Ainda o aumento de IPVA em 16%, incluindo os carros com mais de 20 anos. O que estamos dizendo com isso: não é uma adequação de impostos. Isso é a velha política que se vende como moderno, mas que nada mais é do que a continuidade do aumento de carga tributária”, disse.

Cairoli comentou sobre o aumento de 8% na tributação do vinho. Para ele, o discurso de aumento na competitividade é apenas uma conversa macia. Para ele, a qualidade do vinho gaúcho é equivalente aos melhores do mundo e que o aumento de tributos vai tirar a essa competitividade no mercado frente aos demais produtores.

Questionado se o governador Eduardo Leite “tirou a bunda da cadeira”, como sugeriu Leite a Sartori, ainda na campanha eleitoral em 2018, ele disse na campanha é fácil fazer um discurso com a linguagem de marqueteiro e que cabe agora para a sociedade realizar a cobrança.

Ele também cobrou trabalho dos deputados estaduais.

“Cabe agora a Assembléia dar um rumo para que o Estado continue no caminho certo que foi o legado do Governo Sartori”.

Com relação a situação da Covid-19, Cairoli disse que já passou pela doença e que acredita que as medidas foram tomadas muito cedo no Rio Grande do Sul e que agora, no inverno, todos sabiam que a situação estaria pior. Ele ainda criticou o sistema de bandeiras chamando de “narrativa de dados que não representam uma gestão de saúde pública”.

Confira a entrevista completa:

Cristiano Lemos

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