Funcionários vivem incerteza após Justiça decretar falência do Grupo Voges

Cerca de 30 funcionários do Grupo Voges se reuniram em frente ao Forúm da Comarca de Caxias do Sul na manhã desta segunda-feira (12), para buscar esclarecimentos sobre a situação na qual se encontram, após a Justiça decretar a falência do grupo, no dia 8 de agosto. O principal ponto é o pagamento de salários, que já vinham sendo parcelados, e agora não foram depositados.

A colaboradora do setor financeiro da empresa Metalcorte, pertencente ao grupo Voges, Maiara Bonato, 24 anos, contou a reportagem as incertezas que os funcionários estão vivendo.

“Estamos aqui para reivindicar nossos empregos. Queremos uma reunião com o Nelson Sperotto (designado para ser o administrador judicial do grupo Voges), para que ele explique o que vai acontecer. Também estamos aqui tentar a reabertura da empresa, pois são cerca de 200 pessoas desempregadas e sem o salário do mês. Nós já vinhamos recebendo parcelado, mas agora sem salário fica muito mais complicado”, afirmou Maiara.

A decisão foi tomada pelo juiz titular da 3ª Vara Cível de Caxias do Sul, Clóvis Moacyr Mattana Ramos. A decretação é de primeira instância e atende a um pedido do Ministério Público.

O grupo Voges engloba as empresas Voges Metalurgia Ltda, Metalcorte Fundição Ltda, Osvaldo Carlos Voges Administração Eireli, OCV Administração e Participações Ltda, Voges Participações Imobiliárias Ltda, MCR Indústria e Comércio de Sucatas Ltda e Challenger Soccer Entretenimento Ltda. Entre as dívidas fiscais do grupo e os demais débitos, somam-se R$ 1,3 bilhão de passivo. Ainda está marcada mais um assembleia de credores para o dia 15 de outubro, mas até a incógnita deve permanecer.