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Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez alerta para os cuidados com a saúde auditiva

No dia 10 de novembro, o Brasil comemora o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez. A data foi instituída pela Portaria de consolidação MS nº 1/2017, art 527, como símbolo de luta cujo propósito principal é educar, conscientizar e prevenir a população brasileira para os problemas advindos da surdez.

A surdez pode ter diferentes graus, tipos, ser congênita ou adquirida e afetar pessoas de qualquer idade sob variadas formas. Seus prejuízos são diversos e, comumente, provoca alterações na comunicação com grande impacto na saúde e qualidade de vida, desenvolvimento acadêmico e relações de trabalho.

Algumas medidas de prevenção são essenciais para cuidar da audição: como utilizar fone de ouvido de forma segura; evitar sons altos; utilizar equipamentos de proteção individual (EPIs) quando houver exposição a ruído intenso; e manter um estilo de vida saudável.

O cuidado com a audição deve ser realizado procurando um fonoaudiólogo, profissional capacitado para prevenir, promover, diagnosticar e tratar os diferentes tipos e graus de perda auditiva, bem como aspectos relacionados a dificuldades de fala e linguagem.

Fatores para perda auditiva

A perda auditiva (surdez) é uma das deficiências mais comuns na população brasileira. De acordo com o Ministério da Saúde, a perda ou diminuição da capacidade de ouvir pode ser causada por uma série de fatores: otites mal curadas ou de repetição; uso de remédios ototóxicos – prejudicais à audição; problemas no tímpano, tumores, envelhecimento, frequentar ou trabalhar em locais barulhentos; uso contínuo de fones de ouvido em volume alto; hereditariedade, entre outros fatores.

Para evitar a deficiência auditiva, é preciso ter em mente alguns cuidados com a audição, assim como fazemos com o restante de nosso corpo. Achar que surdez é uma preocupação somente na terceira idade é ideia ultrapassada. Apesar do distúrbio ser frequente em idosos devido à degeneração das células sensoriais da audição ou do nervo auditivo, a perda auditiva também pode atingir crianças, adolescentes e adultos; e isso já vem ocorrendo em escala cada vez maior por causa da ‘overdose’ sonora que nos rodeia.

“Sempre que sentirem uma diminuição na audição ou zumbido – o que pode ser o primeiro sinal de perda auditiva -, as pessoas devem buscar a orientação de um médico otorrinolaringologista. É preciso investigar as causas e tomar providências imediatas para evitar o agravamento do quadro. Se for constatada perda auditiva, uma das opções de tratamento é com o uso de aparelhos auditivos”, explica a fonoaudióloga Clarissa Araujo Pedrotti.

Dicas e orientações

A boa notícia é que podemos tomar precauções para evitar a perda de audição precoce. Existem várias formas de prevenção. A fonoaudióloga Clarissa Araujo Pedrotti dá várias orientações:

• Em casa, modere o som da TV e de aparelhos sonoros (em volume de até 60 decibéis)
• Não ligue a TV, rádio, máquina de lavar, liquidificador e outros eletrônicos ao mesmo tempo;
• Evite o som muito alto no carro e circule com os vidros fechados para evitar os ruídos externos;
• Não deixe seus ouvidos se costumarem ao som alto, nem em casa, nem no carro, nem no trabalho. Preste atenção e proteja-se;
• Cuidado com a música alta nas academias. O barulho pode chegar a 110 decibéis. Proteger a audição também é cuidar do corpo;
• Evite permanecer por longos períodos em ambientes fechados com música alta ou ruídos em excesso;
• Em festas, shows ou micaretas, fique longe das caixas de som. Se houver zumbido nos ouvidos é sinal de alerta que deve ser investigado;
• Use protetores auditivos em você e, principalmente, nas crianças, quando estiver em locais muito barulhentos;
• Dê um descanso aos ouvidos. Mantenha-se em silêncio sempre que possível, principalmente depois de dias agitados. A prática traz uma série de benefícios, inclusive para a audição;
• Crianças, adolescentes e adultos que usam fones de ouvido com frequência correm maior risco de perda auditiva, principalmente ao ouvirem música em volume elevado e por horas seguidas. O limite máximo é de 85 decibéis por 45 minutos;
• Cuidado com objetos pontiagudos ou cotonetes na região da orelha. Eles podem empurrar a cera para o tímpano e até perfurar a membrana timpânica, afetando a audição;
• Cuidado com gripes, otites e sinusites mal curadas. Infecções frequentes ou que não foram devidamente tratadas podem causar danos à audição;
• Cuidado com medicamentos que podem causar danos à audição, como anti-inflamatórios e até aspirina, que tomados em excesso podem levar à perda auditiva;
• No ambiente de trabalho, não esqueça de utilizar protetores auriculares sempre que exposto a ruídos elevados;
• Atenção motoqueiros! Motocicletas, principalmente as de média e altas cilindradas, emitem ruídos em torno ou acima de 95 decibéis, o que é prejudicial à audição;
• Quem tem mãe e/ou pai com problemas auditivos deve procurar um especialista com antecedência. Em muitos casos, a perda de audição é fator genético;
• Faça o teste da orelhinha no bebê logo após o seu nascimento, mas avalie novamente a audição na época da alfabetização. Criança que não ouve bem tem dificuldades na aprendizagem.

Confira a entrevista com a fonoaudióloga Clarissa Araujo Pedrotti

Redes Sociais: @clarissapedrotti

Telefone: (54) 3021.2950

Fábio Carnesella

Jornalista com pós graduação em comunicação digital. Atua no jornalismo desde 2002, com passagens por diversos emissoras da serra gaúcha. Assessor de imprensa na Câmara dos Deputados e Diretor de Comunicação da Prefeitura de Flores da Cunha.

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