Chuva de granizo danifica 2 mil casas em Sobradinho, no Vale do Rio Pardo
Pelo menos 2 mil casas do município de Sobradinho, no Vale do Rio Pardo, foram atingidas por queda de granizo na madrugada desta quarta-feira. De acordo com o prefeito Armando Mayerhofer, a chuva de granizo ocorreu por volta das 4h e durou cinco minutos, tempo suficiente para danificar telhados das casas. Mesmo sem vento forte, Mayerhofer explica que a intensidade da tempestade formou pedras grandes de granizo.
“Desde 4h estamos distribuindo lonas para as famílias na prefeitura. Dados da Defesa Civil apontam que mais de 2 mil casas foram atingidas na cidade e outras 200 no interior. Ao mesmo tempo, começamos cedo a fazer o cadastramento das famílias que precisam de auxílio na cobertura das casas. Vamos emitir decreto de situação de emergência”, afirma. Diante das previsões de instabilidade, a prefeitura já havia mobilizado secretarias e o comércio para ajudar a população. “As lonas vão ajudar a evitar que os móveis fiquem molhados”, destaca.
Conforme Mayerhofer, Sobradinho foi o município mais afetado na região. Apesar desse cenário, por ora, a Defesa Civil não registrou desalojados na cidade. Foi uma chuva sem vento, fraca, mas os prejuízos foram causados pela intensidade do granizo. “Estamos preocupados porque tem previsão de mais chuva à tarde”, observa. Durante o dia, a Defesa Civil deve fazer um balanço total dos prejuízos na cidade.
A região mais castigada está numa faixa entre o Centro-Serra e o Vale do Rio Pardo. Moradores de Santa Cruz do Sul e Vera Cruz tiveram danos pela queda de granizo na madrugada e início da manhã desta quarta. Os Bombeiros de Santa Cruz do Sul atenderam ocorrências de danos em telhados.
Em Vera Cruz, moradores chegaram a fazer fila em pontos comerciais para compra de lona para mitigar os estragos. O município enfrenta falta de lona e a prefeitura orientou que as crianças não sejam levadas às escolas. A Defesa Civil de Santa Cruz, inclusive, doou lonas à cidade vizinha.
Outro município afetado foi Pinhal Grande. No final da madrugada, uma forte chuva de granizo acumulou pedras de gelo pelos pátios, ruas e calçadas da cidade. Em Dilermando de Aguiar na localidade de Passo das Laranjeiras, interior do município, caiu granizo de grande tamanho que acumulou.
No Centro-Serra, os municípios mais afetados foram Sobradinho, Arroio do Tigre, Passa Sete e Ibarama. Pedras do tamanho de um ovo caíram, relatam moradores. O município que mais sofreu com o granizo foi Sobradinho, que vai decretar emergência após duas mil casas da cidade sofrerem danos com as pedras de gelo.
As aulas nas escolas municipais e nas creches estão suspensas. ”Há informações que muitos professores e funcionários da rede escolar também tiveram as casas atingidas, então não tem como abrir as escolas”, destacou a secretária de educação municipal.
O granizo caiu forte ainda em cidade mais ao Centro do estado como em São Pedro do Sul e pontos de Santa Maria. As pedras de gelo tiveram grande tamanho no interior de Santa Maria na madrugada, mostram vídeos de moradores.
O granizo caiu forte ainda em cidade mais ao Centro do estado como em São Pedro do Sul e pontos de Santa Maria. As pedras de gelo tiveram grande tamanho no interior de Santa Maria na madrugada, mostram vídeos de moradores.
O Rio Grande do Sul está atento aos efeitos causados pelo novo ciclone extratropical. Na manhã desta quarta-feira, cidades da Fronteira Oeste do Estado têm registrado chuva moderada, sem maiores estragos contabilizados, de acordo com informações repassadas à reportagem.
Em Uruguaiana a chuva é fraca desde a madruga e não há ventos ou granizo. A Etapa Regional da 1ª Mostra Científica das Escolas Estaduais que deveria acontecer hoje foi transferida para a sexta-feira devido às condições climáticas anunciadas. O evento acontecerá das 9h às 16h, com a temática “Sustentabilidade e Tecnologia”, na Escola Estadual de Ensino Médio Dom Hermeto.
Em Itaqui, segundo o assessor de comunicação da municipalidade, Juliano Cabral, houve pouca chuva ao amanhecer e às 8h – apenas céu muito nublado com ventos fracos e frio. “Um dia típico de inverno”, definiu.
Já Alegrete registra uma chuva moderada que iniciou às 7h30min. Segundo o coordenador da Defesa Civil, Renato Grande, houve algumas pancadas mais expressivas, sem danos anotados, com temperatura de 14ºC e sem ventos.
A MetSul incluiu granizo em seu alerta porque era muito evidente pelo dados de modelos meteorológicos que haveria granizo e de variado tamanho. O perfil era típico que se vê em frentes quentes que é fenômeno pródigo em trazer granizo no inverno em muitas cidades.
Uma intensa corrente de jato (vento) em baixos níveis da atmosfera ingressava no Noroeste e no Norte do estado no começo do dia trazendo ar quente, instabilizando ainda mais a atmosfera mais resfriada perto da superfície e com a pressão atmosférica baixa e caindo.
A MetSul Meteorologia adverte que o risco de temporais prossegue, mas de forma bastante isolada, inicialmente no Centro, Oeste e no Sul gaúcho. Mais para o fim do dia, no fim da tarde e à noite, o ciclone vai organizar uma frente fria que vai avançar sobre o ar quente e gerar mais temporais fortes a severos no Nordeste da Argentina, Paraguai, Noroeste e o Norte do Rio Grande do Sul, Oeste do Paraná, e Oeste e Meio-Oeste de Santa Catarina.
A frente vai encontrar a corrente de jato em baixos níveis com maior divergência de vento na atmosfera, agravando tremendamente o risco de episódios severos isolados de vento como tornados ou microexplosões. Há o agravante ainda de que a pressão estará em queda livre com a formação do ciclone, portanto muito baixa, o que também piora o risco de fenômenos severos de vento isolados.
Não bastasse, da tarde para a noite desta quarta, ar frio vai estar avançando pelo Nordeste da Argentina e vai encontrar o ar mais quente com a corrente de jato intensa em sua dianteira. O contraste de temperatura e umidade com uma frente fria avançando, a pressão muito baixa com o ciclone sobre o Rio Grande do Sul e o jato de baixos níveis criarão as condições ideias para fenômenos severos de vento muito localizados.
Conforme a avaliação deste cenário pela MetSul, o maior risco de vendavais, tornados ou ainda microexplosões se dará em províncias do Nordeste argentino, como Corrientes e Misiones, no Paraguai, no Noroeste e no Norte gaúcho, no Oeste e Meio-Oeste catarinense e no Oeste do Paraná.
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