Em razão da liberação do retorno às aulas presenciais de instituições privadas de ensino de Caxias do Sul, o Sindicato dos Professores de Caxias do Sul (Sinpro/Caxias) reafirma o posicionamento de que o retorno é prematuro, considerando o quadro da pandemia em Caxias do Sul. De acordo com a Sinpro, um recente estudo da Universidade de Harvard comprovou que a carga viral encontrada nas vias aéreas superiores de pessoas de zero a 22 anos é maior que a de adultos diagnosticados e internados em UTI com coronavírus. O estudo demonstra que crianças e adultos jovens transmitem COVID-19, mesmo sem sintomas. O retorno às aulas presenciais só pode ser feito quando for seguro em termos sanitários. Nenhuma prioridade é maior do que a preservação da vida de profissionais da educação, familiares e estudantes. Nada justifica um retorno apressado e que pode se mostrar irresponsável.
O momento ainda é de insegurança pois o índice de contágios é alto e quantidade de mortes em decorrência do vírus, assustadora, indicando que o sistema de saúde não comportará um aumento de casos.
É importante destacar que, desde o início da pandemia, apesar de todos os problemas, os professores trabalharam muito e a Educação foi garantida, conforme condições de cada instituição. Além disso, o Sinpro/Caxias tem se posicionado em cada momento, buscando assegurar a saúde e a vida dos professores.
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NOTA PÚBLICA DO SINDICATO DOS PROFESSORES DE CAXIAS DO SUL
Diante do cronograma de volta às aulas presenciais apresentado pelo governo do estado do Rio Grande do Sul, prevendo retorno gradual a partir do dia 8 de setembro, alertamos a comunidade caxiense:
– o calendário é prematuro, considerando o quadro da pandemia em Caxias do Sul. As crianças podem ser transmissores silenciosos do vírus, colocando em risco a saúde – e até a vida – de professores, funcionários, estudantes e de suas famílias;
– a decisão contraria uma ampla parcela de setores da sociedade gaúcha, que entende não ser o momento para a retomada de aulas presenciais, pois o estado ainda apresenta altas taxas de contaminação e mortes pelo novo coronavírus;
– nota da Famurs (entidade que reúne prefeitos e municípios do RS) afirma que o estudo apresentado pelo Executivo não levou em consideração o estágio da pandemia no estado, na comparação com outros estados brasileiros e países, e não considerou um programa efetivo de testagem;
– de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o retorno de aulas presenciais onde a pandemia está fora de controle pode agravar a transmissão. Como alertou o diretor de emergências da Organização, Michael Ryan, a retomada só deve ocorrer após a implementação de uma política de rastreamento e isolamento de infectados pela covid-19;
– a experiência internacional demonstra que mesmo países bem-sucedidos no controle da pandemia registraram um salto no número de contágios após abrir escolas;
– os interesses de grupos privados não devem se sobrepor ao consenso científico e à opinião da comunidade escolar.
Sendo assim, nos posicionamos contrários à definição de calendário de retorno neste momento. Os professores querem voltar às aulas presenciais, mas com segurança à vida e à saúde de todos.
Diretoria do Sindicato dos Professores de Caxias do Sul
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