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Imagine o seguinte cenário: você está cuidando do jardim do sítio ou fazendo uma caminhada tranquila pelo condomínio, e de repente, avista uma jaguatirica caminhando entre as árvores ou se esgueirando próximo ao mato. A cena pode até parecer saída de um documentário, mas tem se tornado cada vez mais comum em áreas próximas a matas, reservas e até loteamentos de expansão urbana.
A jaguatirica (Leopardus pardalis) é um felino silvestre brasileiro que, embora arisco, pode acabar se aproximando de locais habitados em busca de alimento, abrigo ou, simplesmente, por conta da expansão humana sobre o habitat natural. Nessas situações, saber como agir é fundamental — tanto para a segurança das pessoas quanto para a proteção do animal, que é parte importante do ecossistema.
Antes de tudo, é importante entender que a jaguatirica não é um animal agressivo por natureza. De hábitos noturnos e solitários, ela evita ao máximo o contato com seres humanos. Alimenta-se, em geral, de pequenos roedores, aves, répteis e insetos — ou seja, tem papel importante no controle dessas populações.
O que ocorre é que, com o desmatamento e a fragmentação de florestas, muitas jaguatiricas acabam deslocadas de seus territórios naturais. Quando isso acontece, elas podem ser vistas em sítios, chácaras, condomínios rurais e até em bairros urbanizados próximos a áreas verdes.
Se você avistar uma jaguatirica ou sinais da presença dela (como pegadas, fezes ou carcaças de aves e galinhas), mantenha a calma e siga as orientações abaixo.
A primeira reação de muitas pessoas ao ver uma jaguatirica é gritar, correr ou tentar espantá-la com pedras, paus ou outros objetos. Essa atitude, além de ineficaz, pode colocar você e o animal em risco.
A jaguatirica não é um predador de humanos e, se deixada em paz, provavelmente vai se afastar espontaneamente. Tentativas de persegui-la ou capturá-la podem levá-la a se sentir acuada e reagir para se defender.
O que fazer:
Jaguatiricas não se aproximam de casas por curiosidade, mas sim por necessidade — geralmente em busca de comida. Galinhas, coelhos e até ração de pets podem atrair esses felinos. Isso é ainda mais frequente em áreas onde o cerrado, a mata atlântica ou a caatinga foram substituídos por plantações e moradias.
Se você cria aves soltas ou deixa restos de alimentos expostos, o risco de visita noturna aumenta.
Como prevenir:
Nem sempre o animal será visto. Em muitos casos, os primeiros sinais de que uma jaguatirica está passando pela região são discretos: rastros no chão úmido, penas espalhadas, urros agudos durante a madrugada ou o desaparecimento frequente de pequenas aves.
Se notar esse padrão, é hora de reforçar medidas de prevenção e fazer contato com órgãos ambientais. A presença da jaguatirica pode indicar desequilíbrio ecológico, como a falta de presas em áreas naturais próximas ou o avanço desordenado das construções sobre seu território.
Atenção: capturar, ferir ou matar animais silvestres é crime ambiental. A multa pode ultrapassar R$ 5 mil, além de penas de reclusão.
Condomínios rurais e loteamentos em áreas de mata devem estabelecer um protocolo coletivo para lidar com a presença de animais silvestres, como jaguatiricas, tamanduás, veados e até cobras.
O ideal é contar com placas de orientação, campanhas de conscientização e contato direto com o órgão ambiental da região. Muitas vezes, é possível criar corredores ecológicos ou reforçar áreas de refúgio natural para que os animais tenham para onde ir, reduzindo os encontros com humanos.
Exemplos de ações comunitárias eficazes:
A jaguatirica é um símbolo da fauna brasileira e, quando aparece em áreas humanizadas, está sinalizando que algo em seu habitat foi alterado. Em vez de reagir com medo ou agressividade, o ideal é buscar soluções que equilibrem segurança e preservação.
Sítios e condomínios que convivem de forma consciente com a fauna silvestre contribuem não apenas para a conservação do meio ambiente, mas também para uma vivência mais rica, segura e sustentável para todos.
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