Quem tem jardim ou gramado bem cuidado sabe o quanto é frustrante encontrar buracos espalhados da noite para o dia. E, quando o culpado é um tatu — aquele simpático e curioso mamífero de armadura natural — a surpresa pode ser ainda maior. Apesar de inofensivos e até carismáticos à primeira vista, os tatus podem causar danos significativos em áreas verdes ao cavar em busca de alimento. A boa notícia é que é possível lidar com a presença deles de forma respeitosa, segura e eficaz, sem prejudicar o animal ou o ambiente.
O tatu é um escavador nato. Ele possui garras fortes e um olfato apurado, que o ajudam a encontrar insetos, larvas, minhocas e raízes, sua base alimentar. Ao perceber atividade biológica intensa sob a terra — como em gramados bem irrigados e férteis — ele interpreta o local como um verdadeiro banquete. Cavar, portanto, é parte do seu instinto de sobrevivência, não um ataque ao seu jardim.
Geralmente, os tatus são animais noturnos. Eles saem em busca de alimento durante a madrugada, quando há menos movimentação humana. Isso explica por que os danos ao gramado costumam aparecer repentinamente, como se surgissem do nada durante a noite.
Os buracos deixados pelos tatus são característicos: profundos, com bordas arredondadas e terra solta ao redor. Além disso, é comum notar túneis ou tocas próximas a muros, árvores ou áreas sombreadas do jardim. Se você notar esses indícios com frequência, é bem provável que um tatu esteja usando seu quintal como território de caça — ou abrigo.
Mesmo parecendo dóceis, os tatus são animais silvestres e podem reagir com garras afiadas se se sentirem ameaçados. Além disso, são transmissores potenciais de doenças como a leptospirose ou até a hanseníase, embora o risco seja baixo em ambientes urbanos. Portanto, jamais tente capturá-lo manualmente.
Uma das formas mais eficazes (e respeitosas) de lidar com tatus é tornar o ambiente pouco atrativo para eles:
Reduza o apelo do seu gramado como fonte de alimento. Uma boa dica é tratar a terra com controle de pragas naturais, como nematoides benéficos, que reduzem a presença de larvas e outros insetos subterrâneos sem prejudicar o solo. Além disso:
Se a toca estiver em uso, não a feche de imediato. Observe por alguns dias: se a terra ao redor for constantemente remexida, o tatu ainda está ali. Nesse caso, o ideal é entrar em contato com uma ONG de proteção à fauna ou com o IBAMA para que o manejo seja feito com segurança e dentro da lei.
O tatu é uma espécie nativa da fauna brasileira e é protegido por lei. Matar ou capturá-lo sem autorização pode resultar em multa e processo criminal. Além disso, sua morte desequilibra a cadeia alimentar local, prejudicando o controle natural de pragas como formigas e cupins.
Se o seu terreno for grande ou próximo a áreas verdes, existem formas permanentes de prevenção:
Manter o equilíbrio entre o cuidado com o jardim e o respeito à fauna é o caminho mais sensato. O tatu, apesar de inconveniente, cumpre um papel ecológico importante. Agir com consciência e empatia é garantir que natureza e convivência humana possam andar lado a lado — até mesmo em meio a buracos inesperados no gramado.
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