Ele aparece devagar, o corpo coberto por espinhos curtos e olhos pequenos atentos ao menor movimento. Quem já teve a surpresa de encontrar um ouriço-cacheiro à noite no quintal sabe: o momento é curioso, inesperado e cheio de dúvidas. O que fazer? É perigoso? Pode ficar ali? O animal está perdido? Em tempos em que o convívio com a fauna silvestre está cada vez mais próximo, saber como agir diante desse encontro é fundamental. E mais do que isso: é um ato de respeito à vida natural.
O ouriço-cacheiro (Coendou spp.) é um roedor arborícola típico de florestas, cerrado e áreas de transição no Brasil. Apesar de ser confundido com o porco-espinho, ele é de uma espécie diferente e, ao contrário do que muitos pensam, não arremessa espinhos. Com hábitos noturnos e silenciosos, costuma se deslocar entre árvores e muros, principalmente em áreas que estão próximas de fragmentos de mata.
Ver um desses bichos no quintal não significa necessariamente que ele está perdido. Muitas vezes, ele só está explorando o ambiente em busca de comida ou abrigo.
Esse é o erro mais comum — e perigoso. O ouriço não ataca, mas, se tocado, pode enroscar seus espinhos na pele de humanos ou animais. Isso causa ferimentos dolorosos e difíceis de remover.
O que fazer:
Mantenha distância. Não tente pegá-lo, empurrá-lo com objetos ou forçá-lo a sair. Caso ele esteja em local onde possa se machucar (como perto de cachorros ou piscinas), isole a área e chame imediatamente a polícia ambiental ou o corpo de bombeiros.
Animais domésticos são naturalmente curiosos e podem atacar ou tentar brincar com o ouriço-cacheiro, o que quase sempre termina mal — para ambos. O cão sai com espinhos cravados no focinho, e o ouriço, ferido ou estressado, pode acabar se machucando ao tentar fugir.
Dica prática:
Leve seus pets para dentro de casa assim que notar a presença do ouriço. Só volte a soltá-los no quintal quando o animal já tiver ido embora ou tiver sido removido com segurança por profissionais.
Na tentativa de espantar o animal, algumas pessoas acendem fogo, jogam água fervente ou até usam venenos. Isso é extremamente cruel, além de crime ambiental. O ouriço não oferece risco direto à saúde humana e está apenas de passagem.
O certo a fazer:
Se você deseja que ele vá embora por conta própria, desligue as luzes externas e reduza o barulho. Em geral, ele percebe o movimento e busca refúgio em árvores ou vegetações densas. O silêncio é o melhor incentivo para que ele retorne ao seu habitat.
Em alguns casos, o ouriço pode estar machucado, preso em cercas ou mostrando comportamento atípico — como andar em círculos, cair repetidamente ou apresentar feridas visíveis.
O que fazer nesse caso:
Ligue para um centro de reabilitação de fauna silvestre ou o órgão ambiental mais próximo. Nunca tente socorrer o animal por conta própria, pois o estresse causado pela manipulação pode agravar seu estado.
Ver um ouriço-cacheiro no quintal é uma oportunidade rara. Esse encontro revela que, apesar da urbanização, ainda há conexão com a natureza viva. Observar com calma, registrar com fotos (sem flash) e compartilhar com amigos ou vizinhos é uma forma de espalhar a importância da convivência harmoniosa com a fauna.
Dica final:
Evite alimentar o animal. Ele tem hábitos alimentares específicos e pode ficar dependente da comida humana. Isso desequilibra seu comportamento natural e o expõe a riscos maiores.
O ouriço-cacheiro não é invasor — é sobrevivente. Sua presença no quintal é um lembrete de que estamos cercados por vida selvagem, mesmo nas cidades. A melhor atitude diante de um encontro como esse é a prudência: manter distância, proteger os animais domésticos e acionar os órgãos competentes quando necessário.
A convivência com espécies como o ouriço-cacheiro depende de pequenas escolhas: não interferir, não provocar, não capturar. Ao entender seu papel ecológico e respeitar seu espaço, damos um passo importante rumo a uma relação mais equilibrada com o planeta.
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