Curiosidades

3 cuidados se você ver um gambá cruzando a rua à noite

Você está voltando para casa e, de repente, um vulto peludo e cambaleante cruza a rua à sua frente. Não é um gato nem um cachorro. É um gambá — e sim, ele está cada vez mais comum nos centros urbanos. Por instinto, muitos ainda se assustam ou têm reações negativas ao ver esse marsupial de hábitos noturnos. Mas a verdade é que, ao se deparar com um gambá, especialmente à noite, o melhor a fazer é manter a calma e tomar três cuidados simples que garantem a sua segurança, a dele e o equilíbrio da natureza.

Gambás nas ruas: um reflexo do desequilíbrio ambiental

Ver um gambá andando pelas ruas não é exatamente uma cena rara hoje em dia. Com a destruição de áreas verdes, expansão das cidades e abundância de lixo acessível, esses animais acabam migrando para áreas urbanas em busca de alimento e abrigo. Apesar da aparência desajeitada e do cheiro característico que exalam quando ameaçados, os gambás são inofensivos, extremamente importantes para o ecossistema e, acredite, aliados no controle de pragas urbanas.

1. Nunca tente espantar ou capturar o animal

Ao ver um gambá atravessando a rua, a primeira e mais importante atitude é não interferir. Não grite, não corra atrás e jamais tente tocá-lo. Esses animais são muito mais assustados do que agressivos. Quando se sentem ameaçados, tendem a fugir, fingir-se de mortos ou, como último recurso, liberar um líquido fétido pelas glândulas anais — um mecanismo de defesa que pode durar horas.

Ao tentar capturar ou expulsar o gambá, além de causar estresse extremo no animal, você corre o risco de ser mordido ou arranhado, mesmo que isso seja raro. Outro ponto importante: é proibido por lei matar ou maltratar animais silvestres, incluindo gambás. Em vez disso, observe à distância, aguarde ele seguir seu caminho e, se estiver em risco (por exemplo, no meio de uma avenida movimentada), entre em contato com o serviço ambiental local.

2. Reduza a velocidade ao dirigir à noite

Gambás são animais lentos, de movimentos cautelosos e hábitos noturnos. Isso os torna particularmente vulneráveis ao trânsito. Um dos principais motivos de mortalidade desses animais em ambiente urbano é o atropelamento. Portanto, se você estiver dirigindo à noite em áreas residenciais ou próximas a matas, parques ou terrenos baldios, diminua a velocidade e fique atento a movimentos no asfalto.

É comum confundir gambás com sacolas ou pequenos cães, principalmente em ruas mal iluminadas. Um olhar mais atento pode fazer toda a diferença — tanto para o animal quanto para evitar danos ao seu carro ou acidentes ao tentar desviar bruscamente. Faróis baixos e atenção redobrada são fundamentais.

3. Mantenha seu lixo bem armazenado

Se você notou que os gambás estão aparecendo com frequência na sua rua ou quintal, a primeira coisa a verificar é o modo como o lixo está sendo descartado. Restos de comida mal armazenados atraem não só gambás, mas também ratos, guaxinins, baratas e outros visitantes indesejados. Uma fonte de alimento acessível é um convite aberto.

Use lixeiras com tampa, evite deixar sacos expostos no chão e, se possível, descarte os resíduos orgânicos apenas nas noites de coleta. Isso reduz a atração e contribui para um ambiente mais limpo. Lembre-se: o gambá não está ali por curiosidade, mas porque algo no ambiente está favorecendo sua presença.

O que fazer se ele entrar no seu quintal

Apesar de parecer assustador, um gambá no quintal não é motivo de pânico. Se ele estiver apenas de passagem, o ideal é não fazer nada. Apague as luzes, mantenha portas e janelas fechadas e aguarde até que ele vá embora. Gambás não são animais territoriais e raramente permanecem muito tempo no mesmo local.

Caso o animal pareça ferido ou preso, o mais indicado é entrar em contato com o centro de zoonoses, Defesa Civil ou um órgão de proteção à fauna da sua cidade. Equipes especializadas poderão fazer a remoção segura e garantir que o animal seja solto em local adequado.

Por que os gambás merecem respeito

Apesar de sua fama injusta, os gambás são verdadeiros agentes de limpeza urbana. Alimentam-se de insetos, caramujos, restos orgânicos e até cobras pequenas. Seu papel no ecossistema é relevante, especialmente no controle de pragas. Além disso, são imunes ao veneno de várias serpentes e têm o sistema imunológico incrivelmente resistente — algo que vem despertando interesse científico.

O medo que muitos sentem é fruto de desinformação. Gambás não atacam, não invadem casas e, diferente do que muitos acreditam, não transmitem raiva com facilidade. São animais reservados, solitários e discretos — e só querem seguir seu caminho em paz.

Convivência possível e necessária

A vida nas cidades está mudando, e com ela, os encontros entre humanos e animais silvestres se tornam cada vez mais frequentes. Saber como agir ao ver um gambá cruzando a rua à noite é um passo importante para construirmos um ambiente urbano mais respeitoso com todas as formas de vida.

Com empatia, atenção e informação, é possível conviver com esses visitantes noturnos de maneira segura — para eles e para nós.

Fabiano Souza

CEO G4 Comunicação e Marketing Apaixonado por Carros e Internet. Antenado nos assuntos da Web. Criador de conteúdo digital.

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