Cidades

Em oito meses, 200 animais se envolveram em acidentes nas rodovias da Serra e do Vale do Caí

O atropelamento de um cavalo no km 65 da ERS-122, próximo à entrada de Forqueta, em Caxias do Sul, na noite de 25 de setembro, chamou atenção para um problema que se torna comum na rodovia: animais soltos à beira da rodovia. Fato agravado, muitas vezes, pela omissão de socorro por parte dos motoristas que acabam se envolvendo em acidentes causados pela situação, como ocorreu na última semana.

Com a fuga do envolvido no acidente na ERS-122, condutores que passavam pelo local decidiram atender a ocorrência. Ao verificarem que o animal estava caído sobre a pista e agonizando, chamaram a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) e a concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG). Entretanto, reclamaram da demora dos órgãos competentes, já que o cavalo corria risco de morte, que acabou ocorrendo.

Questionado pela reportagem do Grupo RSCOM, o chefe da PRE, em Farroupilha, tenente Marcelo Stassak, informou que a corporação recebeu o chamado dos motoristas. Contudo, repassou a ocorrência para a CSG realizar a remoção.

A assessoria de comunicação da CSG confirmou que a empresa foi acionada pela PRE, às 23h04, para atender o acidente. A equipe de tráfego e um veterinário foram até o local, mas quando chegaram, o animal já havia morrido. Mesmo com buscas, o veículo envolvido e o dono do cavalo não foram localizados.

Questão recorrente

O acidente com o cavalo faz parte de uma estatística que comprova uma grande ocorrência de animais soltos nas rodovias sob a concessão da CSG. Dados divulgados pela empresa revelam que, entre fevereiro e setembro deste ano, mais de 4,2 mil foram resgatados, entre a Serra Gaúcha e o Vale do Caí.

Deste total, 200 haviam se envolvido em acidentes. Os demais 4 mil foram localizados às margens das rodovias. Eles foram reconduzidos para as propriedades lindeiras, sem nenhuma intercorrência de trânsito.

Crime ambiental

A falta de cuidado, abandono e morte desses animais são caracterizados como crime ambiental, conforme a Lei Federal 9605/98. Além disso, ao identificar o autor do delito ou o tutor, a concessionária aciona as autoridades competentes para que os responsáveis sejam penalizados, de acordo com a legislação.

A pena para casos semelhantes é de detenção de seis meses a um ano, e multa, nos casos mais comuns. Em situações de agravamento, como a omissão de socorro, por exemplo, a pena pode aumentar a metade.

De acordo com a direção da concessionária, as ocorrências nas áreas de cobertura devem ser comunicadas imediatamente por meio do número 0800.122.0240. A ligação é gratuita e o atendimento ocorre durante 24 horas.

Fernando Santos

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