Ex-deputado Rocha Loures é preso pela Polícia Federal no caso da mala

A Polícia Federal prendeu, na manhã deste sábado, dia 3, o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), cumprindo uma determinação do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da Operação Lava-Jato. O ex-deputado, que era assessor especial do presidente Michel Temer, foi gravado pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, em negociação de pagamento de propina e filmado com uma mala com R$ 500 mil em dinheiro.

A prisão de Rocha Loures havia sido negada por Fachin há cerca de duas semanas, quando ele ainda desfrutava de foro especial. Agora, com a saíde de Osmar Serraglio (PMDB-PR) do Ministério da Justiça e sua volta a Câmara, Loures perdeu a vaga que ocupava como suplente e, consequentemente, o foro privilegiado.

A partir da prisão, o MP terá 15 dias para encaminhar a denúncia sobre o caso ao STF, em uma investigação que também pode denunciar o presidente por corrupção, organização criminosa e obstrução judicial.

Como Fachin aplicou o prazo de 10 dias para o encerramento do inquérito, como previsto no Código de Processo Penal, a PGR tem cinco dias após esse prazo para o oferecimento da denúncia, de acordo com o que previsto no Regimento do próprio STF.

O Planalto tenta minimizar o potencial de estrago da prisão de Rocha Loures na base governista no Congresso afirmando que o roteiro já era previsto. Nos últimos dias, Temer afirmou a aliados que não teme uma possível delação do ex-assessor.