Com cartazes e oração, protesto reivindica instalação de semáforos na Rota do Sol, em Caxias do Sul

Um protesto voltou a suplicar por segurança no perímetro urbano da Rota do Sol, em Caxias do Sul, na tarde desta quarta-feira (11). Empresários e moradores da região se reuniram no km 73 da estrada estadual, próximo à Fundação Marcopolo, com cartazes que dizem “chega de acidentes. Semáforo já” e “a negligência política tem custado vidas“, por exemplo.

Em torno de 20 empresas localizadas na região apoiam a instalação dos dispositivos de sinalização eletrônica no trevo para reduzir o número de acidentes. O semáforo, inclusive, já foi comprado por proprietários dos estabelecimentos a um custo de R$ 70 mil.

Cerca de 300 pessoas participaram da mobilização, que durou 20 minutos e ocasionou em alterações no trânsito. O ato foi encerrado com uma oração.

Rosinei Nunes, que mora a duas quadras da localidade, no bairro Cidade Nova, convive diariamente com a aflição de ter que utilizar a via.

“Há 15 anos (período em que mora no bairro) ouço sirenes tocarem no trevo, é isso o que acontece aqui, acidentes”, sintetizou.

Na última semana, a Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMMTM) encaminhou uma permissão para a colocação dos semáforos à concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG). Isso foi feito após um estudo técnico da prefeitura que confirmou a viabilidade dos dispositivos no local. Caso a autorização seja concedida, o município ficaria responsável pela obra, sinalização e manutenção do conjunto semafórico.

Porém, a CSG anunciou que a melhor alternativa seria um redutor de velocidade, em função do fluxo intenso de veículos no local. Entretanto, embora a obra esteja em fase de estudo técnico, ainda não existe confirmação oficial para a instalação do equipamento, o que aumenta a incerteza das famílias de pessoas que trabalham ou moram na região.

O proprietário de uma empresa do setor metalúrgico, Daniel Longaray, argumenta que o trafégo de veículos adquire alta intensidade especialmente a partir das 16h30 até o início da noite, tornando “impossível atravessar o trevo“. De acordo com ele, ao menos uma vez por semana acontecem colisões no local.

“Estamos fazendo esse protesto depois de dois anos de tentativas de instalação de um semáforo aqui. O prefeito Adiló se comprometeu com a instalação do semáforo, contanto que os empresários comprassem o equipamento. Então nós compramos o equipamento a um custo de 70 mil reais fazem seis meses. A prefeitura alega que a CSG não autoriza a instalação e está esse jogo de empurra. O trânsito vai ficar um pouquinho mais lento com a sinaldeira? Vai, mas vai salvar vidas“, afirma.

Apoiam o movimento lideranças dos bairros Cidade Nova, Reserva do Vale, Industrial, Forqueta e Mariani. O protesto, que não apresentou intercorrências e foi de caráter pacífico, foi monitorado pelo Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM).