Desde a semana passada, os preços dos combustíveis, que subiram em julho em função das altas do PIS e da Cofins, anunciadas pelo governo federal, estão liberados para aumentar ainda mais no Rio Grande do Sul. Isso porque, na quarta-feira, dia 16, entrou em vigor uma nova tabela de referência para o cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é um tributo estadual que também incide sobre o diesel e a gasolina. A medida, autorizada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) ocorre, justamente, porque o valor médio dos combustíveis aumentou devido à alta dos impostos federais, no mês passado.
Com isso, o valor de referência do litro da gasolina comum passou de R$ 3,745 para R$ 3,9786. No diesel S 10, sobe de R$ 3,0581 para R$ 3,14884 e, no diesel S 500, de R$ 2,9200 para R$ 3,0209. O Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no Rio Grande do Sul (Sulpetro) esclarece que a concorrência de preços no varejo é livre, ficando a critério de cada posto administrar os custos e repassar ou não o aumento de ICMS, integralmente, ao consumidor final.
Por isso, em algumas cidades, o aumento ainda não foi percebido pelos motoristas, como é o caso de Caxias do Sul, cujo preço da gasolina comum varia entre R$ 3,79 e R$ 4,08, e Farroupilha, que cobra entre R$ 3,99 e R$ 4,04, enquanto em outras o valor da bomba já aumentou. Esse é o caso de Bento Gonçalves, em que o preço do litro da gasolina comum subiu em média entre R$ 0,06 e R$ 0,10 na semana passada. Assim, o combustível pode ser encontrado entre R$ 4,01 e 4,09 o litro.
Mas estes preços estão com os dias contados. Isso porque a Petrobras anunciou nesta segunda-feira, dia 21, um novo aumento de 2,3% preço do diesel e em 3,3% da gasolina para as refinarias.
Os preços serão válidos a partir de 22 de agosto, segundo informação no site da Petrobras. A nova política de revisão de preços foi divulgada pela petroleira no dia 30 de junho. Com o novo modelo, a Petrobras espera acompanhar as condições do mercado e enfrentar a concorrência de importadores.
Em vez de esperar um mês para ajustar seus preços, a Petrobras agora avalia todas as condições do mercado para se adaptar, o que pode acontecer diariamente. Além da concorrência, na decisão de revisão de preços, pesam as informações sobre o câmbio e as cotações internacionais.