PRF realiza operação para combater fraudes no uso de ARLA 32 na Serra Gaúcha

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) vai desencadear, no fim deste mês de abril, uma operação especial para combater fraudes envolvendo o ARLA 32 na Serra Gaúcha. A iniciativa, conduzida pela 06ª Delegacia da PRF com sede em Bento Gonçalves, terá reforço de efetivo e foco em pontos estratégicos da região.

O objetivo é identificar e punir irregularidades como a venda de ARLA 32 adulterado, o uso de ureia agrícola no lugar da ureia automotiva — prática ilegal e danosa — e a instalação de emuladores para burlar o sistema de controle de emissões em veículos a diesel.

“A fraude no uso do ARLA 32 não é apenas um crime ambiental, mas também uma prática de concorrência desleal que prejudica empresas sérias e honestas”, afirma o PRF Vettorato, chefe do Núcleo de Policiamento e Fiscalização.

“Além disso, a emissão descontrolada de poluentes afeta diretamente a qualidade do ar que respiramos e a saúde da nossa população. A PRF está atenta a essa situação e não medirá esforços para coibir essas práticas em nossa região.”

Durante a operação, os agentes utilizarão testes rápidos e equipamentos de alta tecnologia para verificar a qualidade do aditivo e a integridade dos sistemas de controle de emissões dos veículos. Irregularidades encontradas poderão resultar em multas e responsabilização criminal.

A PRF reforça seu compromisso com a segurança viária e a preservação ambiental e orienta a população a denunciar, de forma anônima, possíveis fraudes pelo telefone 191.

Sobre o ARLA 32

O ARLA 32 (Agente Redutor Líquido Automotivo) é uma solução composta por 32,5% de ureia em água desmineralizada, utilizada em veículos a diesel com sistema SCR (Redução Catalítica Seletiva) para reduzir as emissões de óxidos de nitrogênio (NOx). Injetado no sistema de escape, o ARLA 32 transforma os NOx em nitrogênio e vapor d’água, contribuindo para a diminuição da poluição e o cumprimento de normas ambientais, como o PROCONVE P-7 no Brasil.

É um líquido transparente, incolor, inodoro, não tóxico, não inflamável e não explosivo. Seu consumo médio representa cerca de 5% do volume de diesel utilizado e deve ser armazenado em tanques específicos, conforme orientações do fabricante. Pode ser adquirido em postos de combustíveis, oficinas especializadas, revendedores de produtos químicos e concessionárias.