
A 4ª Coordenadoria Regional de Educação (4ª CRE) se manifestou diante do caso de racismo registrado em uma escola estadual no interior de Farroupilha, este que está sendo investigado pela Polícia Civil (PC).
Segundo o órgão, um protocolo para atendimento e averiguação está orientando sobre questões de respeito e diversidade na escola. Confira a nota abaixo, enviada pela coordenadora Cristina da Silva Boeira Fabris.
A 4ª Coordenadoria Regional de Educação acompanha o caso de denúncia de injúria racial ocorrido em Farroupilha. O Núcleo de Cuidado e Bem-Estar Escolar atua na escola, já acionou o protocolo para atendimento e averiguação e orientou sobre ações pedagógicas relacionadas a Educação Étnico Racial e o Respeito à Diversidade.
Inquérito policial foi instaurado para elucidação dos fatos
Em entrevista ao Portal Leouve, o delegado Fernando Cruz Alexandre confirmou que há o inquérito policial em andamento e que mães de alunos e professores já foram ouvidos.
“As investigações estão em andamento e o inquérito policial tramita em sigilo, mas o que se pode falar até o momento é que já foram realizadas algumas oitivas, inclusive de mães de alunos, de professores, a fim de confirmar o que de fato aconteceu”, disse.
Uma mensagem anônima de um leitor do Portal Leouve afirma que um professor gritava ‘corre preto’ durante uma aula de educação física, para um menino de 12 anos, ato presenciado por outras pessoas.
“Essa versão que tem circulado de que o aluno teria sido obrigado a dar diversas voltas na quadra, por enquanto não se tem confirmado. A gente possui somente um relato neste sentido, de uma pessoa que ouviu dizer. Importante dizer que não tivemos nenhuma testemunha ocular deste fato, pelo menos até o momento”, afirmou a autoridade policial.
O caso se deu em 19 de maio, e o pai da vítima registrou boletim de ocorrência. Os esclarecimentos, segundo Alexandre, devem ser buscados com calma, para que assim se chegue no que de fato aconteceu na unidade escolar.
“Esperamos que o inquérito policial seja concluído logo. A criança, em tese vítima, deve ser ouvida por um procedimento próprio, de escuta especial, e isso leva algum tempo para agendamento. Nós estamos tentando agilizar essa oitiva especial para podermos concluir o inquérito”, salientou.
As entidades competentes seguem investigando o caso.