Delegado titular da Delegacia de Veranópolis, Tiago Baldin, revelou detalhes sobre uma grande operação contra lavagem de dinheiro. | PC/Divulgação
A disputa pelo tráfico de drogas no município de Veranópolis pode estar associada a outros crimes violentos ocorridos em 2024. Dois fatos ocorridos na cidade, um homicídio em 2 de outubro e uma operação contra lavagem de dinheiro, no último dia 4, estariam interligados.
A informação é do delegado titular da Delegacia de Veranópolis, Tiago Baldin, que durante coletiva de imprensa, revelou detalhes sobre uma grande operação contra lavagem de dinheiro, realizada no dia 4 de outubro.
A ação contou com a participação da Polícia Civil (PC), do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, Brigada Militar (BM) e Polícia Rodoviária Federal (PRF). Na ocasião, foram cumpridos 44 mandados de busca e apreensão, resultando na apreensão de 23 veículos e no bloqueio judicial de cerca de R$ 8,5 milhões, provenientes de crimes como tráfico de drogas, estelionato e outros delitos patrimoniais.
O delegado destacou que o principal objetivo da operação era descapitalizar a organização criminosa, atuante em municípios como Veranópolis, Nova Prata, Cotiporã, Fagundes Varela e outras cidades vizinhas, além de localidades de Santa Catarina.
Segundo ele, ao retirar os recursos financeiros desse grupo, a polícia enfraqueceu sua capacidade de aquisição de drogas, armas e aluguel de imóveis para dar continuidade às atividades ilícitas.
“O tráfico de drogas é o maior problema social, onde 90% dos crimes na região estão ligados ao tráfico”, afirma Baldin.
A operação, considerada um marco no combate ao crime organizado, foi dividida em quatro núcleos, sendo um em Santa Catarina e três no Rio Grande do Sul. Equipes da Força Tática, de Bento Gonçalves, e do Batalhão de Choque, de Caxias do Sul, também participaram da ação, com buscas realizadas em municípios como Bento Gonçalves, Carlos Barbosa e Farroupilha.
Durante a coletiva, o delegado explicou que a operação teve como foco o bloqueio dos recursos usados pela facção criminosa para “limpar” o dinheiro obtido com o tráfico de drogas e outros crimes.
Em 12 meses de investigação, foi constatado que a organização movimentou mais de R$ 13 milhões, valor obtido por meio de atividades ilícitas e disfarçado como legal através de “laranjas”.
“Lavar dinheiro significa recuperar recursos de origem ilegal e transformá-los em algo aparentemente lícito”, explicou Baldin.
O grupo utilizou a compra de veículos, imóveis e investimentos financeiros para essa finalidade. Na primeira fase da operação, as autoridades focaram na estruturação da organização criminosa. Na segunda fase, deflagrada neste mês de outubro, as ações de concentraram nas operações de lavagem de dinheiro do crime.
Até o momento, dois suspeitos foram presos. No entanto, o delegado informou que a Polícia Civil havia solicitado 39 mandados de prisão preventiva que foram negados pela Justiça. Apesar disso, a operação é considerada um sucesso pelas forças de segurança, com várias prisões, em flagrante, por posse ilegal de armas e recepção de bens roubados.
Além disso, a Brigada Militar apreendeu três quilos de cocaína em Veranópolis. O delegado destacou, ainda, que essa quantidade, após ser misturada a outras substâncias, poderia gerar o dobro.
O inquérito da operação de lavagem de dinheiro está em fase final de investigação, com os agentes analisando provas recolhidas nas buscas. O delegado informou que, embora não haja previsão de uma terceira fase, novas ações poderão ser feitas após a conclusão do inquérito para desmantelar a organização criminosa.
“Nos próximos meses, enviaremos o inquérito ao Ministério Público, para que o processo siga seu curso”, conclui o delegado.
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