Foto: Yasmin Abud
A 2ª Vara Estadual de Processos e Julgamento dos Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro de Porto Alegre realizou, na última quarta-feira (30/4), a primeira audiência no processo que investiga um esquema milionário de rifas fraudulentas supostamente liderado pelo influenciador Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, e sua esposa, Gabriela Vicente de Sousa.
Durante a audiência, realizada de forma semipresencial no Foro Central I da capital gaúcha, duas testemunhas de acusação foram ouvidas. Os réus participaram por videochamada. O juiz de Direito Ricardo Petry Andrade agendou a continuidade das oitivas para o dia 9 de junho, às 14h, quando deverão depor o restante das testemunhas — tanto de acusação quanto de defesa — além dos próprios acusados.
O processo, conduzido pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), envolve denúncias de estelionato, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e promoção ilegal de loterias. As investigações apontam que, entre novembro de 2022 e maio de 2024, Nego Di promoveu rifas virtuais de alto valor sem qualquer autorização legal, movimentando cerca de R$ 2,5 milhões.
Entre os prêmios oferecidos estava um carro Porsche Macan, além de valores em dinheiro, como R$ 150 mil. A promotoria afirma que os sorteios eram simulados: o veículo foi transferido a terceiros antes mesmo da realização do sorteio, Nego Di comprou o número vencedor e um suposto ganhador foi anunciado nas redes sociais. A ação atraiu milhares de seguidores, que transferiram quantias por meio de plataformas de pagamento, totalizando mais de 300 mil transações.
Gabriela, esposa do influenciador, também é ré no processo, acusada de lavagem de dinheiro. O MPRS aponta que ela participou ativamente do esquema, ajudando a ocultar e movimentar os valores obtidos de forma ilícita.
Além disso, Nego Di também responde por falsificação documental, ao apresentar um falso comprovante de doação de R$ 1 milhão, quando, na realidade, o valor doado havia sido de apenas R$ 100.
Bens de luxo e ocultação de patrimônio
A promotoria detalha que os valores arrecadados foram utilizados para aquisição de bens de luxo, como carros, imóveis em bairros nobres de Porto Alegre, além de propriedades na Serra Gaúcha e no Litoral. Parte dos recursos teria sido movimentada por meio de contas de terceiros para dificultar o rastreamento.
A investigação resultou na apreensão de veículos de luxo e bloqueio de bens dos envolvidos. Apesar da gravidade das acusações, até o momento, os réus respondem ao processo em liberdade.
Próximos passos
O processo segue em tramitação, com grande atenção da mídia e do público, especialmente devido à notoriedade de Nego Di, ex-participante do Big Brother Brasil e figura ativa nas redes sociais. A audiência do dia 9 de junho será decisiva para o avanço do julgamento, com a coleta de depoimentos fundamentais para o esclarecimento dos fatos.
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