Brigada Militar apreendeu o trio responsável por crime em escola de Caxias do Sul. Foto: Yago De Boni/RSCOM
A Justiça concluiu a fase de depoimentos do processo que investiga o ataque contra a professora Thais de Oliveira, esfaqueada dentro da Escola Municipal João de Zorzi, em Caxias do Sul. Durante a audiência, realizada no Foro local na quarta-feira (30/04), o juiz Silvio Viezzer ouviu uma testemunha e os três adolescentes envolvidos — uma menina de 13 anos e dois meninos de 14 e 15 anos.
Na segunda-feira (28/4), o magistrado já havia colhido os depoimentos da vítima e de outras cinco testemunhas. Agora, ele aguarda o laudo psicológico dos adolescentes, que a perícia deve entregar na próxima terça-feira (6/5). Depois disso, o processo entra na fase final: acusação e defesas terão cinco dias para apresentar suas alegações, e o juiz poderá então dar sua sentença.
Os três adolescentes seguem internados provisoriamente e respondem por ato infracional análogo ao crime de tentativa de homicídio duplamente qualificado. Eles participaram, no dia 10 de abril, das audiências de apresentação, acompanhados pelos pais, como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
A legislação estabelece que o julgamento de atos infracionais cometidos por adolescentes deve ser concluído em até 45 dias.
No dia 1º de abril de 2025, a professora Thais de Oliveira dava aula normalmente quando três alunos a atacaram com facas dentro da sala. Os adolescentes cursavam o 7º ano na Escola João de Zorzi, no bairro Fátima Baixo. Thais sofreu vários ferimentos e precisou de atendimento hospitalar.
A investigação revelou que os envolvidos planejaram o ataque. Um dos adolescentes teria violado o sistema de câmeras da escola antes da agressão. Relatos de alunos e funcionários indicam que colegas sabiam do plano e não alertaram os professores ou a direção.
A Brigada Militar apreendeu os três jovens logo após o ataque. Os dois meninos foram levados ao Centro de Atendimento Socioeducativo de Novo Hamburgo. A menina foi solta inicialmente, mas voltou à internação depois que novas provas confirmaram sua participação. Hoje, ela está no Case Feminino em Porto Alegre.
O caso causou forte comoção na cidade. No dia seguinte, a Prefeitura suspendeu as aulas em todas as 82 escolas da rede municipal. O prefeito Adiló Didomenico e a secretária de Educação, Marta Fattori, visitaram a escola acompanhados de equipes psicossociais. O governador Eduardo Leite ligou para o prefeito e colocou o Estado à disposição para ajudar no acolhimento da comunidade escolar.
A professora Thais recebeu alta hospitalar e se recupera em casa. Paralelamente à recuperação dela, seu advogado, Leonel Ferreira, informa que a atuação jurídica no caso entra em uma nova fase. Mantendo o acompanhamento dos desdobramentos legais em relação aos adolescentes envolvidos no ataque, o foco agora se volta para a identificação da responsabilidade do próprio município de Caxias do Sul e de servidores que eventualmente tenham incorrido em omissão penalmente relevante.
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