O ambiente no palácio 11 de Outubro, sede do poder Legislativo de Bento Gonçalves, permanecerá calmo nesta manhã, mas a tensão era indisfarçável. Muitos vereadores inclusive evitaram de passar pelo local. Outros como o vereador Anderson Zanella, que integrou a CPI das Fake News esteve por lá mas disse que não deverá se manifestar na sessão da tarde porque entende já ter feito o que seria de sua competência.
O clima de calmaria, entretanto, deve mudar a partir das 13h , quando o presidente da Casa, Rafael Pasqualotto, dará por aberta a sessão extraordinária (leia o rito abaixo) que é a sexta do ano, todas sem remuneração. O objetiva da sessão é cassar o mandato do vereador Moacir Camerini (PDT) que enfrenta a acusação de ter permitido e estimulado a propagação de notícias falsas e caluniosas utilizando membros de seu gabinete e computadores da Casa para tanto.
A direção da Câmara solicitou que a Brigada Militar e a Guarda Civil Militar se façam presentes e haverá detector de metais para o público que comparecer. O plenário comporta 168 pessoas sentadas. “A medida visa garantir a segurança de todos”, justifica Pasqualotto.
RENÚNCIA e 4º SUPLENTE
Um desdobramento inusitado ocorreu durante a semana. Como os membros da CPI não podem votar – eles terão direito a se pronunciar, fazendo as vezes da acusação – cinco suplentes assumirão.
No lugar de Jocelitto Tonietto, Gilmar Pessutto, Anderson Zanella, Volnei Cristóffolli assumem os suplentes José Gava, Tiago Fabris, Cascão e Carlos Pozza. Para a cadeira de Idasir dos Santos irá assumir o Pastor Edilson, que é apenas o quarto suplente da coligação que elegeu Idasir. O primeiro suplente é Leocir Lerin que já está atuando desde o início de dezembro devido à licença do vereador Élvio de Lima. O segundo suplente é o Professor Rogério Antônio Rosa que é servidor estadual e teria que se exonerar para assumir a função, por isso preferiu não fazê-lo e tem amparo legal para tanto. O terceiro Suplente, Mauro Moro, militar reformado, não demonstrou interesse e abriu mão de assumir. Desta forma ele renunciou ao mandato e perde a condição de vereador suplente, ato que constará do Diário Oficial do município.
COMO SERÁ A SESSÃO
O rito para a sessão extraordinária de cassação de um vereador está definida pelo decreto lei 201 de 1967. Eis um resumo:
– O presidente da Mesa abre a sessão
– O Secretário da Mesa procede a leitura do Relatório da Comissão Processante que recomenda a Cassação.
– Abre-se um instante para a inscrição dos vereadores que desejem falar. Cada vereador terá 15 minutos para se manifestar. Podem falar os 17 com assento e os 5 membros da CPI que atuam como se fizessem a acusação.
– Ao final das manifestações de cada vereador o vereador acusado e seu advogado ou quem ele indicar, terão duas horas de tempo para a sua defesa.
_ Feita a defesa inicia-se a votação que é nominal. O vereador que optar pela cassação dirá “Sim”, quem for contrário, dirá “Não”.
DÚVIDAS FREQUENTES
– O Presidente vota?
Sim. O presidente da Casa também vota
– Quantos votos são necessários para a cassação?
São necessários 2/3 ou seja: 12 votos para a cassação;
-Se faltar um vereador ou mais, muda o número de votos para a cassação?
Não. Caso um ou mais vereadores deixem de comparecer ainda assim serão necessários 12 votos;
-Quantos vereadores precisam estar presentes para que a sessão se realize?
Para que uma sessão legislativa ocorra é necessária a presença mínima de 1/3 dos vereadores (neste caso são seis).
– O que acontece depois da sessão de hoje?
Caso o vereador Camerini seja cassado ele perde o mandato imediatamente, mas mantém intactos os seus direitos políticos e pode concorrer a cargo eletivo em outubro de 2020. Nas duas sessões ordinárias de final de ano, marcadas para a manhã de segunda-feira ( às 9h30min e às 11h) o suplente do PDT José Gava assume o mandato.
– E se não houver cassação?
Caso pelo menos seis vereadores fiquem ao lado de Camerini ele não é cassado e tudo segue normalmente.
-Em caso de cassação o vereador pode recorrer?
Trata-se de um processo político administrativo. No âmbito interno não há recurso cabível. Mas não seria de se estranhar se o vereador recorresse à Justiça comum alegando algum erro ou cerceamento de defesa. Ele tem feito isto durante o seu mandato.
Suspeito foi localizado após vítima dar entrada no hospital com ferimentos graves; na casa dele,…
Dela sairá a fumaça branca que sinalizará a eleição do novo pontífice; conclave começa no…
Com os suspeitos foram apreendidos uma espingarda calibre .38 com duas munições, uma faca, porções…
Os dois jogadores são observados pela comissão médica tricolor
Time grená segue 100% no Estádio Centenário, mas quer primeira vitória como visitante
Atleta retornou aos treinos após lesão muscular.
This website uses cookies.