Especulações cercam secretariado de Adiló e Néspolo em Caxias do Sul; confira possíveis nomes

O novo secretariado municipal de Caxias do Sul para a gestão Adiló Didomenico e Edson Néspolo ainda não foi anunciado oficialmente, mas o assunto é quente nos bastidores da política. Especulações surgem a todo instante e envolvem diversos setores, inclusive os nomes que devem compor o início da nova legislatura da Câmara de Vereadores. Com a mudança de vice – saída de Paula Ioris (PSDB) e ingresso do União Brasil com Néspolo – algumas mudanças devem ocorrer em pastas-chave do município.

O primeiro movimento articulado entre as bases indica que o Progressistas (PP), que apoiou a candidatura derrotada de Maurício Scalco (PL) à prefeitura, “fez as pazes” com a situação e terá espaço no primeiro escalão do governo.

O escolhido da sigla é Adriano Bressan, vereador reeleito, que deve assumir a Secretaria de Urbanismo. Ele foi vice-líder do governo na Câmara em 2021. Com a escolha, o partido, presidido por Alexandre Bortoluz, o Bortola (vereador também reeleito), terá a presença do pastor evangélico Calebe Garbin no Legislativo. O partido ainda tenta pleitear a Secretaria de Obras e Serviços Públicos, mantendo o nome de Bressan.

A Secretaria de Cultura deve ter o comando de um velho conhecido: Antonio Feldmann. Ele, porém, nega que tenha sido convidado até o momento, apesar de demonstrar satisfação com a lembrança e reforçar que seria “uma honra” retornar à pasta. Toninho foi secretário de Cultura no governo Sartori – maio de 2006 até abril de 2012 – quando saiu da pasta para concorrer a vice-prefeito em chapa com Edson Néspolo. Em 2020, foi candidato à prefeitura pelo Podemos.

O MDB, por sua vez, ainda deve ter mais nomes: fala-se em Felipe Gremelmaier no Turismo e Mauro Pereira, chefiando o escritório da prefeitura em Brasília. O ex-deputado, no momento, não se pronunciou. Disse estar em viagem e que poderá falar mais a partir de 6 de janeiro. Ele esteve em Caxias do Sul na reinauguração da ponte sobre o Rio Caí no sábado (21) e tem meio-campo em setores do governo na capital federal. Já Gremelmaier, que concorreu à prefeitura de Caxias do Sul e apoiou Adiló e Néspolo no segundo turno, não se manifestou sobre a possibilidade.

O partido do prefeito Adiló (PSDB), por óbvio, ocupará postos no primeiro escalão. Os nomes, porém, também não foram confirmados. Nos bastidores, especula-se que a vereadora em fim de mandato, Tatiane Frizzo, foi convidada para assumir a Fundação de Assistência Social (FAS). Uma reunião, nos próximos dias, deve selar o acordo. A Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (Smel) ainda é uma incógnita, mas deve ficar sob a tutela do PSDB.

O PDT, que nas eleições municipais esteve em chapa com o Partido dos Trabalhadores (PT), também será privilegiado no governo Adiló. A sigla, presidida por Rafael Bueno, deve ocupar a Secretaria de Habitação. O nome indicado é de José Freitas Abreu, o Jack, que foi candidato a vereador no último pleito. O PRD pode ter em Lucas Suzin a chefia da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Smapa). Elisandro Fiuza, do Republicanos, é especulado como futuro Secretário de Educação.

O PSB, base do governo Adiló desde o início de 2023 com o ingresso do vereador Wagner Petrini, o Muleke, na Secretaria de Habitação, deve ocupar a cadeira de Gestão Urbana, a popular “Zeladoria” dita por Didomenico. O titular deve ser o vereador eleito Rodrigo Webber. O partido ainda pode ter a figura de Zé Dambrós no Orçamento Comunitário. A movimentação possibilitaria a volta do atual 2° suplente Elói Frizzo à Câmara de Vereadores.

Ainda não se tem especulações sobre titulares para empresas públicas como Festa da Uva e Codeca. Secretarias, como Saúde e Trânsito, Transportes e Mobilidade, por exemplo, apenas palpites e reuniões. Entre os nomes atuais e que devem permanecer no governo estão Grégora Fortuna dos Passos (para a chefia da nova Casa Civil Municipal) e do delegado Paulo da Rosa (Segurança Pública). Os nomes, de forma oficial, devem ser anunciados apenas depois do Natal. No Samae, o nome do segundo vereador mais votado, João Uez – braço direito de Adiló nos primeiros quatro anos de governo – foi ventilado, porém, segundo pessoas próximas, ele nega ter sido convidado para presidir a autarquia.

O anúncio do secretariado deve ocorrer após o Natal. A data, porém, não foi oficializada.