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Petróleo dispara, o preço da gasolina subirá?

A alta dos preços dos combustíveis pode atingir novamente o bolso do brasileiro. Encher o tanque do carro fica mais caro mês após mês. Mas não é apenas as tensões no leste europeu com a guerra entre Rússia e Ucrânia vêm intensificando a subida do preço do barril petróleo no mercado internacional e influenciando os preços dos combustíveis.

Apenas em 2022 o petróleo subiu mais de 45%, chegando a US$109,00 o barril, movimento parecido aconteceu com o gás natural que teve uma alta superior do que 22%. De fato, as tensões envolvendo a Rússia tem contribuído muito com a alta dos preços, já que o país responde por cerca de 8% do fornecimento de petróleo no mundo.

No entanto, a tendência de alta vem sendo observada desde que as algumas empresas têm anunciado intensão de reduzir o investimento na produção de combustíveis fósseis. Este sentimento é apoiado também pela decisão do presidente americano, logo no início do seu mandato, em restringir a produção de petróleo nos Estados Unidos e os cortes de produção efetuado pelos principais países produtores.

Esses movimentos têm impulsionado a escalada dos preços da gasolina e do óleo diesel no Brasil desde que a política da Petrobrás de seguir o preço internacional do petróleo foi solidificada. Não obstante, as seguidas altas no preço dos combustíveis têm sido criticado há tempos pelo presidente brasileiro e são motivo de preocupação para o brasileiro.

Como estamos em ano de eleição a movimentação dos políticos fica mais intenso ao redor do tema que tem apelo popular. Desta forma, tramita no Senado uma proposta de modificação da cobrança do ICMS. O Projeto de Lei estabelece um valor fixo e único na cobrança de ICMS sobre os combustíveis nos estados. Bom para o consumidor, ruim para os estados que veriam a arrecadação diminuir e provavelmente compensariam a perda com alta de outros impostos.

No mercado financeiro, as ações da Petrobrás operam em alta, assim como outras empresas do setor como PetroRio e 3R Petroleum. O cenário parece ser favorável para a principal petrolífera brasileira, até que não haja nenhuma interferência política na empresa mais forte.

Para o bolso do brasileiro infelizmente a tendência de alta dos preços do diesel, gás de cozinha e gasolina não parece mudar no curto prazo pressionando, assim, a inflação no Brasil.

Leonardo B. Piveta

Mestre em Economia, Engenheiro Mecânico e Assessor de Investimentos da X10 Investimentos. Contato: leobpiveta@gmail.com - @leobpiveta - (espaço de coluna cedido à opinião do autor)

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