Leonardo Bertelli Piveta
Existem muitas incertezas quanto ao modo pelo qual a Europa passará pelo inverno. As sanções contra a Rússia evidenciaram uma grande fragilidade dos europeus: a dependência energética. Essa dependência foi criada ao longo dos anos pelos políticos que acreditavam que colocar a matriz energética do continente nas mãos de poucos não teria problema. A Alemanha, maior economia do continente, foi o país que mais se tornou dependente de outro país. Uma situação delicada que pouco é tratado nos jornais. Pois bem, quanto mais procuro sobre informações e dados, mais complicada parece ficar a atual situação do continente.
Primeiramente, o que nos chama a atenção são os indicadores de inflação da Zona do Euro e Inglaterra. No primeiro, o índice inflacionário atingiu a marca de 8,9% ao ano em julho e no Reino Unido foi de 10,1%, a mais alta des de 1982. Na Alemanha, o índice de inflação ao produtor voltou a subir registrando37,2% de alta nos últimos 12 meses. Quando olhamos detalhadamente notamos que sãoos preços de energia que mais contribuem para a alta.
Para melhor exemplificar abaixo segue um gráfico sobre a flutuação dos preços do gás natural nos últimos 12 meses no mercado internacional. É uma alta vertiginosa, que atinge com tudo a Europa e respinga no restante do mundo. A energia elétrica também está ficando cada vez mais cara. Em 2020, os preços variavam de 75-100 euros por MWh, hoje passam de 800 Euro por MWh. Na Inglaterra, por exemplo, os preços subiram 80% comparados a outubro de 2021.
Embora na Europa existam alguns países que ficam próximos da autossuficiência energética, como Romênia e Holanda, por causa das regras da União Europeia os países membros são obrigados a praticar os mesmos preços dos demais.
Existem dois cenários que podem ocorrer, infelizmente caminhamos para o pior deles. Este cenário seria um frio intenso e longo, o que forçaria o aumento do consumo de energia. O aumento da demanda juntamente com uma oferta limitada jogaria os preços do gás natural, petróleo e energia elétrica empata mares assombrosos. Os governos começariam com apelos para os cidadãos pouparem energia, depois forçariam a indústria a parar, depois proporiam um racionamento energético. No meio do furacão, o cidadão europeu veria seus custos de vida saltarem, produtos poderiam faltar nas prateleiras, a redução da atividade econômica poderia causar desemprego e uma convulsão social não seria descartada.
O impacto no mercado financeiro seria imediato, bolsas despencariam, o euro perderia valor, commodities energéticas e alimentares iriam seguir seu rally de alta.
Do outro lado, o melhor cenário seria eu estar totalmente errado, a guerra terminar e Rússia e Otan darem as mãos novamente. Pouco provável, mas possível. Normalmente nestas situações os extremos tendem a não se realizarem. De todo modo, espero que tenhamos muita volatilidade do mercado até fevereiro de 2023. Para quem estiver exposto ao mercado de ações, proteção é fundamental.
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