Abril foi um mês tenso para o mercado financeiro. Para o investidor foi como deixar a mão sobre uma chapa quente de fogão, um mês pareceu um ano. O fluxo de notícias não foi bom para os ativos de risco e, no Brasil, apenas o CDI, dólar e o ouro tiveram desempenho positivo.
O S&P500 reverteu sua trajetória de altas e recuou 4,16% enquanto o dólar avançou 3,55%. O Ibovespa cai em dólar 12% no ano.
Os rumos da economia americana e sobretudo da política monetária tem conduzido o fluxo no mercado de capitais. Apesar de um PIB do 1T24 abaixo do esperado, dados de inflação seguiram sugerindo que o processo de redução está comprometido ou, no mínimo, mais lento do que era previsto pelo mercado e pelo Fed.
O consumo das famílias, medido pelo deflator PCE, e números do mercado de trabalho têm alimentado a firme decisão do higher for longer. Em outras palavras, o Banco Central do Estados Unidos manterá os juros altos até que tenha confiança sobre a convergência da inflação à meta de 2%. Desta forma, o corte de juros já é esperado para setembro com possibilidade ainda de ocorrer apenas em 2025.
A Zona do Euro vem apresentando melhoras nos seus dados econômicos, bem como, a inflação que parece controlada. A China segue enfrentando os mesmos problemas desde o início do ano e dúvidas a respeito do poder do país de entregar a meta de crescimento em 2024 são frequentes. Pois bem, a verdade que no momento os acontecimentos fora dos Estados Unidos estão em segundo plano de importância para os investidores.
A saída de fluxo estrangeiro neste período do ano é a segunda maior da história. Perde apenas para 2020. Em torno de R$33,8 bilhões saíram da bolsa brasileira em 2024. O principal motivo é a escalada do juro americano. No entanto, não podemos negar que as condições macro domésticas se deterioraram.
O grande motivador foi a mudança da meta fiscal. O governo decidiu reduzir o superávit de 2025 de 0,5% para 0% e de 2026 de 1% para 0,25% e incorporou premissas consideradas um tanto otimistas como, por exemplo, Selic média entre 2025-2028 de 7%. A perda da confiança dos investidores na capacidade de controle fiscal do governo ganhou corpo e refletiu-se na alta das taxas de juros longas. Os títulos NTN-B 2035 voltaram a apresentar taxas reais em torno de 6,2%. O corolário foi a desvalorização do real e quedas nas ações. Contribuem ainda a desvalorização da soja e do minério de ferro no ano.
Vimos ao longo do mês um movimento de alta nas curvas de juros no mundo inteiro. Os títulos do tesouro americano de 10 anos voltaram a apresentar taxas acima de 4,5% drenando fluxo e até o S&P500, que vinha sendo impulsionado pelas empresas de tecnologia, recuou. O ouro se salvou e também subiu ancorado na tensão no Oriente Médio que em abril atingiu seu ápice recente com os ataques entre Israel e Irã.
O Ibovespa teve uma modesta queda, porque as ações da Petrobrás subiram 12% e seguraram o índice. Todavia, a percepção de risco doméstico aumentou. A mudança da meta fiscal promovida pela equipe econômica enfraqueceu a confiança no arcabouço fiscal e, principalmente, na veracidade das intenções do governo em manter as contas em dia. Assim, quedas superiores a 5% em ações no mês não foram difíceis de encontrar.
Portanto, o cenário otimista para o início do ano deu uma guinada momentânea e a volatilidade voltou ao mercado. Vale lembrar que o juro não tem efeito negativo na atividade econômica quando sobe, mas sim pela quantidade de tempo que ele permanece em um patamar elevado.
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