Durante a atividade física ocorre uma quebra do equilíbrio homeostático. Nosso organismo tenta se adaptar a este desequilíbrio, alterando vários parâmetros bioquímicos, fisiológicos e biomecânicos, se a atividade física passa a ser rotineira estas alterações tendem a permanecer enquanto esta rotina for mantida.
Essas adaptações que acontecem com o nosso corpo são bem amplas, algumas ocorrem durante e imediatamente após a atividade física, conhecidas como adaptações agudas, podendo ser fisiológicas ou biomecânicas, como o aumento da frequência cardíaca e da pressão, aumento da temperatura corporal e o aumento da frequência respiratória. Outras, que ocorrem após a realização de atividade física, são as adaptações crônicas, como exemplo a bradicardia, hipertrofia muscular, aumento massa magra, aumento da potência aeróbia e aumento da densidade mineral óssea.
Para compreender alguns fatores que acontecem com o nosso corpo com a prática, vamos listar alguns detalhes:
Nosso organismo demanda, em média, quinze durante uma atividade física, por isso que nossa respiração acelera e fica mais intensa. A prática regular também garante o aumento da oxigenação do cérebro, esse fator, aliado a outras mudanças no corpo, ajuda a evitar doenças neurológicas. Além disso, como já falamos muitas vezes por aqui, hormônios responsáveis pelo relaxamento do corpo são ativados pelo cérebro durante os exercícios físicos, como testosterona, adrenalina e cortisol. Nosso músculo cardíaco sofre hipertrofia, especialmente o ventrículo esquerdo, e a bomba cardíaca fica mais potente, ou seja, aumenta sua eficiência.
Mas vamos lá, eu sei que, o que de fato interessa para você que está lendo essa coluna, são as adaptações musculares. Focamos nisso então: Quando treinamos, acontece a hipertrofia, que é um aumento do volume das células musculares, consequência do aumento do número de filamentos de actina, miosina e de sarcômeros. Ou, hiperplasia, que é quando ocorre o aumento do número de células no músculo. Algumas pesquisas atuais indicam, que em humanos isto só ocorre com o uso de esteroides anabólicos.
A hipertrofia aguda, sarcoplasmática e transitória, é resultante do aumento do volume muscular durante uma sessão de treinamento, devido principalmente ao acúmulo de líquido nos espaços intersticial e intracelular. Já a hipertrofia crônica ocorre durante longo período de treinamento de força, considerando também o aumento de miofibrilas, número de filamentos de actina-miosina, conteúdo sarcoplasmático, tecido conjuntivo ou combinação de todos estes fatores.
Além de muitas outras adaptações, temos as ósseas, articulares e ligamentares. Mas mais instigante ainda do que compreender isso, é entender um pouco mais sobre aquela dor que nosso corpo passa após o exercício, afinal, o que acontece com ele quando ela ocorre?
Esse fenômeno é cientificamente conhecido por DOMS (Delayed Onset Muscle Soreness), ou ainda por DMIT (dor muscular de início tardio), se manifesta em indivíduos sedentários que iniciam um programa de treinamento ou em praticantes e atletas, no momento em que alteram rotinas ou métodos de treinamento. É conhecida como a “dor do dia seguinte” em segmentos musculares, dificultando ações simples, como sentar e levantar, “rir” (sentindo dores abdominais), trocar de roupa ou calçar, e as vezes, até mesmo durante a caminhada.
No entanto, o que nem muita gente tem conhecimento, é que a DMIT está relacionada à traumas mecânicos na musculatura, traumas estes que geram pequenas inflamações que aparecem alguns dias após o estímulo do exercício físico. Existe também uma teoria fisiológica, a teoria dos microtraumas mecânicos, que ao serem aplicados ao músculo induzem a processos inflamatórios que causam dor, como resposta do tecido, na busca da regeneração do tecido muscular lesionado.
Essa dor inicia, normalmente, após 8 horas do exercício realizado, aumenta a intensidade nas primeiras 24 horas e pode chegar até 72 horas de desconforto. Agora uma pergunta para você, caro leitor: você é daquelas pessoas que relaciona a DMIT com os resultados?! Do time “sem dor, sem ganho”, ou mais ainda: quanto mais está doendo significa que mais trabalhou?
Pois então, não é exatamente assim que funciona! Muitas vezes essa dor está relacionada a qualidade da sua recuperação muscular, da sua alimentação e até mesmo do seu sono. Sendo assim, eu indicaria mais sensação de melhor funcionalidade dos seus exercícios e resultados quando após um treino bem realizado e com considerável intensidade, a dor for pouca, nula ou rápida. Isso é característica de uma excelente recuperação muscular e uma condição física muito saudável.
Enfim, é importante compreender que atividades de regeneração devem ser impostas ao processo de treinamento. E muita paciência, porque se a dor não for de origem patológica, é apenas uma questão de adaptação ou readaptação, que não precisa e nem deve estar presente durante todos os períodos de exercícios.
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