A quebradeira de bancos americanos

O nervosismo do mercado atingiu níveis altíssimos na última sexta-feira, 10 de março, quando os investidores receberam a notícia de que o Silicon Valley Bank, um dos 20 maiores bancos dos Estados Unidos da América, entrou em colapso em menos de 48 horas.

Os temores são que outras instituições financeiras e empresas venham a falir em efeito cascata, porque já na esteira deste acontecimento outro banco foi liquidado pelo Banco Central americano, o Signature Bank. Foi a terceira falência em poucos dias, já que no dia 8 de março o Silvergate Bank também encerrou suas operações.

Uma corrida bancária virtual aconteceu. Os correntistas do banco Sillicon Valley resgataram seu dinheiro e deixaram o banco sem liquidez para horar seus compromissos. Com isso, outros bancos regionais americanos sofreram, como o First Republic.

O reflexo dessa crise é visto na cotação das ações dos bancos pelo mundo todo. Na Ásia, Europa e por aqui no Brasil. A memória da crise de 2008 é vívida na cabeça do investidor. Todavia, atualmente o Federal Reserve dispõem de melhores ferramentas para resolver problemas de liquidez dos bancos do que na época. Tanto que já garantiu que todos correntistas receberam seu dinheiro integralmente.

O ponto que vejo em comum entre essas instituições financeiras é que estão ligadas a investimentos de risco alto seja criptoativos ou seja startups e uma deficiência no controle do risco dos ativos do próprio banco. Além disso, pode haver até reflexos dos problemas da fraude da FTX.

Assim, a semana será tensa para os mercados e, por enquanto, a situação preocupa, porém não é crítica. Claro que esse cenário pode mudar em poucas horas.