Custo de Vida

Sindicato alerta para redução de 30% na oferta de empresas de contêineres no RS

A crise no setor ameaça não apenas a estabilidade das transportadoras, mas também a capacidade dos clientes de escoar suas produções até o porto. O alerta sobre a redução de 30% na oferta de empresas no estado é da Comissão de Contêiners, retomada recentemente pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Rio Grande do Sul (SETRCERGS).

Se a situação persistir, a falta de reajustes nos fretes pode resultar em um êxodo ainda maior de transportadoras e autônomos, colocando em risco a logística de exportação do estado. As condições precárias das estradas, agravadas pelas recentes enchentes, aumentam significativamente os custos de manutenção e operação das empresas de transporte.

O diretor da Transportadora Augusta, César Augusto Schultz, e um dos integrantes da Comissão de Contêiners do Sindicato, destacou as dificuldades enfrentadas pelo setor.

“As condições das estradas, que já eram ruins, pioraram muito com as enchentes, o que aumenta o custo de manutenção e prejuízos com pneus. Além disso, o diesel teve grandes aumentos recentemente e os insumos em geral. O custo de manutenção mais que triplicou em cinco anos. Com as enchentes, muitos desvios tiveram que ser feitos, veículos ficaram parados por muito tempo e depois a urgência dos clientes aumentou muito. A falta de terceiros para a operação obriga o transportador a fazer altos investimentos que não se justificam pelo baixo valor pago pelos fretes. Em resumo, podemos dizer que hoje as empresas que operam com contêineres praticamente estão pagando para trabalhar. Parece absolutamente normal que muitos saiam do segmento em busca de fretes melhores em outras operações. E esta é a verdadeira realidade, a prova está no êxodo em massa dos autônomos que saíram da operação por falta de rentabilidade. Sem rentabilidade, nenhuma empresa que faça as contas adequadamente ficará nesta operação”, descreveu.

Mario Fernando Neutzling, transportador de São Lourenço do Sul, compartilha também as dificuldades que estão sendo sentidas na prática. “Trabalho no transporte de tabacos há mais de uma década, mas agora nos últimos tempos está ficando praticamente impossível, pois os fretes não são reajustados. O óleo diesel está muito caro, a manutenção do caminhão é muito alta e, para piorar, as estradas na região de Encruzilhada estão praticamente intransitáveis. Está muito difícil de trabalhar”, disse.

O Sindicato reforça a necessidade urgente de reajustes nos fretes e de ações efetivas do poder público para melhorar a infraestrutura rodoviária.

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Diego Pereira

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