Custo de Vida

Com juros em alta, o momento é de poupar, recomenda economista Patrícia Palermo em Bento Gonçalves

A alta dos juros básicos confirmada pelo Copom nesta quarta-feira (18). A medida vem para conter o possível ressurgimento da inflação, segundo o órgão.

Sob este prisma, a economista Patrícia Palermo falou na noite de terça-feira (17), antes do anúncio do Copom, para cerca de 550 associados da instituição Sicredi Serrana. O momento econômico no curto prazo foi o tema escolhido e, para tanto, a professora repassou o momento sócio-político mundial, as decisões de Brasília e as conseqüências das enchentes no Rio Grande do Sul. De todas as colocações, foi possível extrair que o Banco Central adotará a elevação dos juros pelo menos até o início de 2025, o que torna a tomada de créditos mais cara, mas traz melhor retorno aos poupadores.

Palermo faz coro a uma crítica quase unânime contra a política econômica do governo federal.

“Pobre do Fernando Haddad, deram a ele a missão de equilibrar as finanças mas com uma única via: aumentar a arrecadação, cortar não pode. Daí virou o ‘Taxad’. Mas esta fórmula se esgotou. O Congresso já deu o aviso, não aprovará novos impostor ou taxas”.

Ela lembra que os gastos extras e descontrolados do governo terão consequências no futuro.

“A conta vai chegar e quem paga e a sociedade vai pagar”.

Ao abordar os prejuízos econômicos das enchentes para o Estado, Patrícia trouxe dados e prognósticos.

“Teremos perdas de 40 bi, o equivalente a 6,2% do PIB, e só em patrimônio as pessoas e empresas perderam 34 bilhões, o que torna o prejuízo bem superior às perdas da pandemia, compara”.

Mas há uma notícia controversa. Como o agro não foi tão afetado, os números do PIB gaúcho ao final do ano deverão ser positivos.

“Não tivemos seca e será uma supersafra. O ruim disso é que será algo como quando a gente vai mal para o pronto-socorro, mas os sinais vitais estão bons, então você recebe uma maldita pulseira verde e fica esperando quatro horas pra ser atendido. Números positivos em nossa economia podem atrasar repasses para a reconstrução. Vai ser preciso que fiquemos lembrando de que ainda precisamos de socorro”.

Outro aspecto abordado é a da crise de mão de obra. A professora destacou que o desemprego oficial do RS era menor do que 6% há tempo e que agora muitos investimentos serao travados por falta de pessoas. Mas adverte para uma oportunidade.

“Já começou uma corrente migratória do Vale do Taquari para a Serra, então, acolham estas pessoas e dêem emprego a elas.”

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Gerson Lenhard

Jornalista com atuação em jornais por 25 anos e experiência de mais de 12 anos em rádio. Acompanha a política nacional e o mundo dos negócios, especialmente em Bento Gonçalves.

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