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O Rei tomou os 30

Pois li ontem que a Friboi rompeu o contrato de publicidade que mantinha com o Rei Roberto Carlos e a pendenga foi parar na barra dos tribunais. Estavam avençados a empresa frigorífica e o mais bem sucedido cantor do Brasil num contra total de 22 milhões de reais por cinco anos e eis que a empresa por sua agência de propaganda resolveu rescindir o contrato porque uma pesquisa constatou Roberto não vende tanta bisteca quanto cds.


A pesquisa apontou que o público não ficou satisfeito com a atuação do cantor que não e ator nem age com naturalidade no comercial. Aliás a propaganda faz pensar que Roberto Carlos estaria voltando atrás numa convicção, a de não comer carne, só porque a carne do frigorífico que o contratou era de sabor e procedência inquestionáveis.


Do que reclama o público? Faltou autenticidade. O rei não emprestou carisma e credibilidade no comercial tão bem quanto faz num palco, onde há quase 50 anos encanta fãs.


É aí que quero chegar. Convicções pessoais podem ajudar ou atrapalhar, conforme a situação. Normalmente uma convicção ajuda a pessoa a se posicionar frente aos amigos, frente ao trabalho e às situações diferentes da vida. Mas, convicções também podem ser trancas impedindo o sujeito de experiências novas e de oportunidades que passarão como o cavalo encilhado.


Roberto Carlos gostou da possibilidade de engordar ainda mais sua já enorme fortuna. Entretanto, aceitou vender um produto que não tinha a oferecer. Possivelmente um dos raros fracassos em sua afortunada vida profissional. De fato, quem viu o resultado final do comercial que ele estrelou constato que faltou verdade na mensagem. Culpa do Rei, da agência de propaganda ou de visão de seus empresários que poderiam tê-lo poupado do vexame de receber um aviso prévio por falta de bom desempenho?


Por falar em emprego e oportunidade, a Câmara de vereadores de BG fará concurso e abriu vaga para um cargo de jornalista. Mais de cem candidatos se inscreveram. Dois são os atrativos: a segurança que o concursado obtém no serviço público e o salário de 5.800 reais que é de mais que o dobro da média salarial oferecida à categoria no interior. A recente demissão em massa da RBS também contribuiu para a procura. Mas há gente que há anos não pegava num gravador ou computador para redigir uma notícia e se interessou pelo cargo.


Estaria a Câmara oferendo um salário muito alto? Prefiro crer que o Sindicato dos jornalistas não tem sabido se impor e aceita estipular valores absurdamente baixos na negociação salarial. A verdade é que o mercado não valoriza a categoria na mesma proporção em que lhe cobra responsabilidades.

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