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O pior dos castigos da crise

O mês de abril registrou uma nova queda na atividade industrial gaúcha em relação a março, e as expectativas para os próximos seis meses são ainda piores.

 

O ciclo de fechamento de postos de trabalho completou dois anos ceifando empregos em todo o país, e com ainda mais força no estado, principalmente na Região Metropolitana e na Serra Gaúcha.

 

Em todo o país, já são mais de 11 milhões e 400 mil pessoas sem emprego, e esse é, sem dúvida, o pior dos castigos de uma crise econômica que ainda não tem data pra acabar.

 

Porque não são números, são pessoas. São famílias inteiras que dependem do emprego, são jovens que precisam entrar no mercado de trabalho e encontram portas fechadas, são futuros adiados, são esperanças perdidas.

 

E o problema é que uma coisa é o que está acontecendo agora por causa da crise e outra é o que isso ainda vai provocar na geração de empregos no país. Enquanto não há uma saída a vista, a trajetória de piora se mantém e o caminho de volta precisa passar, obrigatoriamente, pela melhora da confiança e, principalmente do crédito, mas não o crédito para o consumo, mas para o pagamento de dívidas, tanto das famílias quanto das empresas.

 

Sem ele, o empresário não consegue tocar a vida, sem ele, as famílias não se recuperam. E o que se vê é que o crédito sumiu.

 

Por isso, hoje o quadro ainda aponta que há potencial para mais demissões.

 

O certo é que para voltarmos a ter geração de vagas e contratações, o país terá que conquistar ganhos de produtividade com crescimento mais robusto da economia – o que está ainda mais distante.

 

Neste momento, o que nos resta é cruzar os dedos e torcer para que o empresário pelo menos parem de demitir, apostando que as coisas vão melhorar. Mas daí a ter volta da contratação, há uma longa distância, porque a gente não vê de onde pode vir esse gatilho para a retomada do emprego.

 

 

O momento que vivemos agora é um divisor de águas pra saber se ainda vamos apostar na piora da economia ou vamos de fato estancar a crise. O pior já pode ter passado se não acontecer mais nenhuma surpresa muito negativa, mas infelizmente, ainda é muito cedo para dar isto como certo.

Memória LEOUVE

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