Hora da retomada

Pois está todo mundo fazendo o que normalmente se faz quando termina uma eleição, ainda na ressaca desta “festa da democracia”. Questionando o porque de tanta abstenção e voto nulo? Que recado as urnas deram e se seria o momento para uma reforma eleitoral.

 

Já antecipo respondendo à última pergunta dizendo que sempre é tempo de aperfeiçoar o processo eleitoral. Reduzir o número de partidos, talvez. Dar um jeito de terminar com o balcão de negócios para obter mais tempo de TV, com certeza. Afinal o povo paga pelo inchaço da máquina que depois precisa acomodar parceiros de empreitada.

 

E os votos nulos e brancos, seriam culpa do eleitor desinteressado ou do político que não o seduziu com um recado sólido.

 

Mas também fico pensando aqui com meus botões sobre o comportamento dos eleitos e de muitos puxa-sacos. Claro, há gente que realmente se envolveu e foi desafiada e que merece comemorar. Mas tem gente tripudiando. Tem derrotado que não aceita o cristalino resultado das urnas.

 

Gosto da postura do meu amigo Leo. Questionado sobre em que ele votou é curto ee elegante; nem meu candidato sabe que votei nele. Melhor assim. Evita-se bajulação e evita-se mentir para alguém em quem não se votou. Afinal, são tantos amigos e conhecidos em quem se pode votar e o sufrágio é único, singular.

 

Os motivos para votar em alguém, afinal, são tantos, desde o mais comezinho ao mais altruístico.

 

O prefeito eleito ou o candidato para segundo turno recebeu milhares de votos e talvez umas mil pessoas consigam dizer que votaram nele. Mas, jamais saberá de onde veio a totalidade dos seus votos, apenas que isto significa muito: a confiança do povo e uma responsabilidade muito grande para que volte a tê-la no futuro.

 

Reeleger um prefeito também pode ter mais de uma interpretação. A primeira e aquela que escolho é a de aprovação de sua administração. Outra plausível é a de falta de uma alternativa que represente melhoria. Há quem prefira focar com esta.

 

 

Mas gosto da opção do Leo. Prefiro não revelar em quem votei até para não decepcionar aqueles que foram preteridos. É sempre um pouco uma “escolha de Sofia”.