Uma escultura móbile de grandes dimensões em ferro e dressas de palha de trigo foi inaugurada nesta quinta-feira (20) na Praça Garibaldi, em Antônio Prado, pelo artista plástico César Cony. O lançamento abre as comemorações no município do Dia da Etnia Italiana no Rio Grande do Sul.
A realização da obra integra o projeto ferro e dressa, contemplado pelo edital Criação e Formação – Diversidade das Culturas, realizado pela Secretaria de Estado da Cultura (Sedac) em parceria com a Fundação Marcopolo, com recursos oriundos da Lei Aldir Blanc.
Em paralelo acontece o lançamento nas redes sociais de um vídeo documentário sobre o processo de elaboração da escultura, com a participação de moradores locais que compartilham seus conhecimentos sobre a produção das dressas, a moldagem do ferro e a história dos primeiros marceneiros chegados em Antônio Prado.
A escultura utiliza o ferro e dressas (tranças feitas de palha de trigo utilizadas pelos imigrantes italianos na confecção de cestas, sportas, chapéus, entre outros) como suporte e vai permitir movimento. O projeto artístico inclui alguns dos elementos estético que compõem os adornos de muitos dos 48 imóveis da cidade de Antônio Prado, considerado o maior conjunto brasileiro de casarios da arquitetura italiana tombados e preservados pelo IPHAN.
O escultor e joalheiro que mora já há quase uma década no município, conta como surgiu esse envolvimento com a cultura italiana.
” Quando cheguei aqui me encantei, porque nunca tinha tido contado, com esse legado artístico, arquitetônico e artesanal da cultura italiana. A partir dai comecei a desenvolver um trabalho nesse sentido. Eu comeceu a coletar objetos na colônia, pedaços de ferramentas, dobradiças de portões feitas pelos ferreiros e eu desenvolvi uma exposição, fiz uma coleção de esculturas que peguei esse objetos e trabalhei com prata e pedras preciosas e o título acabou sendo jóias da imigração”, contou.
Neste trabalho que será exposto na praça existe todo um processo de criação e envolvimento cultural. Ele ainda detalha sobre suas influências.
“Toda feita em ferro, uma referência ao trabalho dos ferreiros que aqui chegaram. Eu uso as dressas que é a palha de trigo, que eram usadas para fazer portas, chapéus que eram utensilios do dia a dia dos agricultores. E uso outros elementos estéticos que são os lambrequins que tem nas casas. A escultura tem detalhes e no centro dela tem um óculos de porão, que é essas grades redondas que eles colocavam nos porões para impedir a entrada de bichos”, falou.
César ainda conta que tanto os lambrequins como os óculos de porões ,denotavam ‘status’, famílias de mais posses faziam o uso destes materiais em suas casas ornamentadas.
A escultura vai possibilitar aos visitantes vivenciar uma conexão com a obra, já que está foi projetada para permitir ao público uma experiência sensorial. As pessoas poderão circular por dentro da obra e ao mesmo tempo, através do tato, explorar as diversas texturas dos materiais.
A obra permanece na Praça Garibaldi até o dia 11 de junho. A partir do dia 12 será exposta na capital gaúcha, junto ao Monumento Expedicionário, no Parque da Redenção.
O artista conta muito mais na entrevista dada o Grupo RSCOM, confira:
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