Entro distraidamente no supermercado e ouço um “ei moço, oi”, era a gerente me cumprimentando. Ela está ali há poucas semanas e não deveria conhecer o código surdo que prevalece na casa. Ao longo de mais de 20 anos, foram poucos os funcionários que ousaram tanto. Onde já se viu, um oi assim, do nada, só porque eu estava ali pela oitava vez numa semana. Ao longo destas décadas pouco além de um sorriso programado e automático dos caixas era o que se recebia por deixar parte do salário no estabelecimento.
Logicamente meu estranhamento se transformou logo em alegria e reflexão. Porque é que eu e muitos outros clientes somos tratados como se fôssemos uma caixa de sabão em pó? No posto de gasolina, no restaurante e em tantos outros lugares onde buscamos mercadorias e atendimento é assim. Então em que escaninho ficou guardada aquela lição sobre prestação de serviços? Se não é possível ganhar no preço, vamos ser os mais atenciosos, os mais gentis e cativar o cliente, diferenciar pelo atendimento.
Chego à conclusão que sou cliente do estabelecimento – como tantos outros fregueses – há mais tempo do que alguns funcionários têm e vida. Ah, então está aí, são novos e não foram bem instruídos, ou então é aquele desligamento natural do adolescente. Bem, fosse só isto então tudo estaria perdoado. Mas não é. Em empresas maiores, que contam com muitos colaboradores acho que realmente falta cultura do bem atender que não é estimulada pelas chefias.
Mas também há no comércio gente sem civilidade. Às vezes pessoas com mais idade que perderam o encanto pela vida. Não cumprimenta, não sorri, mas com alguma frequência resmunga e trata mal. Então já não é comigo, é com a vida deles mesmo que me preocupo. O que estão fazendo? Como dizem por aí, “vão carpir” e quem sabe tenham mais alegria. Conversem com a natureza, dialoguem com uma máquina, entrem fundo num computador. Mas deixem o balcão para quem gosta de gente. Porque quem compra é gente e o ato mercantil – salvo as compras pela internet – é regulado por um código de entendimento bilateral do qual a cortesia faz parte. Não importa se formos comprar um trator ou 200 gramas de queijo.
Sei lá, mas eu gosto do bom dia, será que vai chover, de um muito obrigado e de um volte sempre. Deve ser minha idade. Mas vem cá, boa educação sai de moda? Ou mudaram o conceito e fiquei sem saber. Bem, pelo menos no comércio quem for menos simpático vai ter que se esforçar muito pra oferecer os melhores produtos pelo menor preço.
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