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Deflagrada a 12° fase da Operação Leite Compen$ado em cinco cidades do interior

Agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) deflagraram na manhã desta terça-feira, dia 14, a 12° fase da Operação Leite  Compen$ado, nas cidades de Nova Araçá, Casca, Marau, Estrela e Travesseiro.

 

Foram cumpridos cinco mandados de prisão e quatro de busca e apreensão. As buscas estão sendo realizadas na Indústria de Laticínios Rancho Belo Ltda (em Travesseiro, que fabrica leite UHT integral envazado pela marca dos supermercados Dia%, além de leite, queijo e creme de leite da marca Rancho Belo), Laticínios Modena (em Nova Araçá, de nome fantasia Bonilé Alimentos e que fabrica creme de leite industrial e queijo) e Laticínios C&P (em Casca, de nome fantasia Princesul, que fabrica queijo), bem como na Transportadora AC Tressoldi (em Estrela). Outro mandado de busca e apreensão é cumprido na sede da empresa M&M Assessoria, em Marau.

 

Organização criminosa

Conforme as investigações, foi descoberto crime organizado e de comercialização de produto lácteo impróprio para consumo humano (pela nocividade ou pela redução do valor nutricional) envolvendo as empresas investigadas. Dois dos alvos de prisão preventiva já haviam sido denunciados em outras operações do MP, daquela vez por sonegação fiscal milionária. Na prática, os três laticínios recebem e repassam entre si leite cru, creme de leite e soro de creme fora dos padrões previstos pela legislação brasileira. Muitas das cargas chegam a ser refugadas por outras empresas e acabam sendo comercializadas para estas indústrias. Alguns elementos da investigação apontam que carregamentos de leite que só poderia ter como destino a alimentação de animais foram usados para a industrialização de produtos de consumo humano. 

 

Fraude nos produtos

Em mais de dez Certificados Técnicos de Análise emitidos pelo Mapa realizados em leite cru, leite UHT e nata, o Lanagro detectou índices fora dos padrões. Conforme as investigações, os sócios-proprietários das empresas ordenavam a adição desses produtos para corrigir a acidez e eliminar micro-organismos, no intuito de “rejuvenescer” o produto já vencido, impróprio para o consumo. No caso da água, ela era adicionada para que o creme de leite duro, já amanteigado, fosse novamente amolecido e misturado a outras cargas em condições melhores. Os laudos realizados pelas próprias empresas eram mascarados, para que tanto a fiscalização quanto os compradores não visualizassem os problemas. 

 

Assessoria

A busca e apreensão na M&M Assessoria, contratada pela Laticínios Modena, ocorre porque, de acordo com relatório do Mapa, em grande parte dos postos de resfriamento e laticínios onde a empresa atuou, foram constatadas adulterações no leite cru in natura e derivados. 

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