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Bento: nove tipos de crime têm redução, mas roubo a pedestre ainda preocupa

Bento: nove tipos de crime têm redução, mas roubo a pedestre ainda preocupa


Os números da criminalidade no primeiro trimestre de 2017 apresentaram redução com relação ao mesmo período do ano passado, em Bento Gonçalves, segundo dados apresentados pelo comando do 3° BPAT, em reunião com a imprensa na tarde de segunda-feira, dia 10, na sede do Batalhão. Dos doze tipos de crime computados nos dados do comando, nove tiveram redução, o que significa queda em 75% dos crimes. O grande problema continua sendo os casos de roubo a pedestre que aumentaram em relação ao ano passado.

 

O aumento nos casos deste crime foi de 22,5%. Foram 87 casos registrados neste ano, contra 71 no primeiro trimestre de 2016. A grande causa segue sendo a drogadição e o chamado “prende e solta”, quando o indivíduo é preso e posto em liberdade em seguida voltando a cometer o crime. Devido ao tipo de ação dos criminosos nesse, muitas vezes não usando arma de fogo, fica difícil a prisão por parte da Brigada Militar. Segundo o capitão Diego Caetano, comandante do POE, esses fatores prejudicam a ação da Brigada “o indicador de roubo a pedestre já não é de hoje que está elevado. No ano passado e ao longo desse primeiro trimestre nós já fizemos várias operações para tentar combater esse crime, mas é um crime de difícil repressão tendo em vista a questão dos usuários de droga e a questão do não uso de arma de fogo ou faca, eles simulam estar armados, e isso em uma abordagem de rotina, não tem nada que nos faça prendê-los”.

 

Ainda segundo Caetano a Brigada Militar vem fazendo operações para tentar combater a ação dos bandidos “nós temos lutado e planejado operações, solicitando reforço, e o nosso setor de inteligência tem levantado o perfil desses suspeitos. Seguiremos nessa linha de adotarmos providências de aumentar a repressão aos crimes”.

 

Entre as vítimas mais frequentes  nesse tipo de crime estão as mulheres e os idosos e o grande alvo da maioria desses crimes são os aparelhos celulares e outros eletrônicos que tem fácil recolocação no mercado, sendo vendidos inclusive em páginas nas redes sociais. A falta de atenção das vítimas facilita a ação dos criminosos no roubo dos aparelhos. Outra parcela das vítimas são atacadas quando saem de agências bancárias.

 

Ainda segundo dados da Brigada Militar, entre os crimes mais relevantes que tiveram redução estão os casos de homicídio, furtos e roubos de veículos e em residências, arrombamentos e roubos em estabelecimentos comerciais, entre outros. A apreensão de armas foi ressaltada pela Brigada. 

 

Os casos de homicídio caíram 50%. São 6 casos em 2017, contra 12, no ano passado. Os roubos a estabelecimentos comerciais, também tiveram uma redução significativa. Passaram dos 37 casos em 2016, para 15 em 2017, uma queda de 59%. A apreensão de armas de fogo foi ressaltada pela Brigada. Foram 12 contra 5, um aumento de 140%. 

 

Outros pontos destacados foram a divulgação de blitze e barreiras em grupos do aplicativo WhatsApp e em páginas nas redes sociais, a compra de produtos sem nota fiscal e sem procedência – que na maioria  das vezes trata-se de produtos de furto – nessas mesmas plataformas, entre outros. Além do capitão Caetano, estiveram na reunião o comandante e o subcomandante, tenente-coronel Glaro e major Martinelli, respectivamente.