Cada vez mais a gente vê o movimento deliberado dos partidos políticos nesta república de bananas pra tentar fazer a gente acreditar que o caixa dois é um crime menor e perdoável. Mas não é.
A verdade é que, com a exceção dos partidos nanicos, que não receberam nada e só existem como trampolim e massa de manobra dos grandões, todos querem o mesmo: uma ampla anistia ao famigerado caixa 2 de campanha.
Foi o que a gente viu país afora nestas últimas semanas. Primeiro, foi o excelentíssimo ministro impoluto Gilmar Mendes, do TSE, depois foi o príncipe tucano Fernando Henrique Cardoso, e agora o esconjurado ministro da Justiça de Dilma Rousseff, o petista José Eduardo Cardozo a jurar que o caixa dois não é crime. Todos eles farinhas emboloradas do mesmo saco puído da politicalha tupiniquim.
Caixa 2 é crime sim senhor, devidamente tipificado no código penal, e dá cana de até cinco anos.
Mas pra eles, o caixa 2 deve ser alguma coisa assim como dever trilhões pra previdência: não dá nada, e fica tranquilo que outros vão pagar a conta.
Mas tente perguntar pra qualquer empresário pego pela receita federal. Pergunta ao gringo da cantina ali do lado, pergunta pro português da padaria o que acontece se eles não declararem direitinho o faturamento?
Devia ser a mesma coisa, mas aqui no país dos botocudos, pau que bate em chico não bate em francisco.
O problema é que há muito tempo o caixa 2 virou a regra de um jogo muito caro, com marqueteiros de primeira linha pagos a peso de ouro, jatinhos pra candidatos e cupinchas, efeitos especiais nos programas de tevê e, claro, um desviado pro bolso aqui, outro desviado pro bolso ali, que afinal ninguém é de ferro.
Daí, só cresce no partido quem tem acesso ao dinheiro fácil dos financiadores de campanha. E a conta, a gente bem sabe, vai ser cobrada com juros depois, e quem vai pagar somos nós.
O resultado é o que a gente tá cansado de saber: fraudes, desvios, compra de votos, venda de apoio e a corja de vigaristas se refestelando no poder.
Por isso, é preciso sim punir quem pratica o caixa dois nesse país, e acabar definitivamente com essa prática que é a porta de toda a corrupção.
Mas é claro que uma lei proibindo o financiamento privado não é garantia nenhuma de que vai acabar o caixa 2 nas eleições. Ao contrário. O que é preciso é jogar luz sobre essa caixa-preta.
Porque por aqui, o caixa dois é a mãe de toda a corrupção, mas o mistério que blinda o financiamento das campanhas é o pai.
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