Não demorou muito pra gente perceber que a tal limpeza na cozinha da Câmara Federal depois do afastamento de Eduardo Cunha e da eleição de Rodrigo Maia não passava de conversa pra jacaré dormir, e que a plaquinha que avisava que a Casa estava sob nova direção servia somente pra enganar o cliente mais desavisado.
Três dias depois, Maia mostrou que tá mais pra pizzaiolo que pra presidente, e, na semana em que se comemorou o dia da pizza neste país comensal, a primeira pizza da nova Câmara já saiu do forno: o novo presidente praticamente assou em fogo brando a CPI do Carf, que investiga grandes empresas que se beneficiaram com a sonegação de impostos pagando propina pra não serem cobrados, um esquema que está sendo investigado pela Operação Zelotes, que você certamente já ouviu falar.
Maia, o pizzaiolo, revogou a decisão de prorrogar a CPI e, desse jeito, blindou grandes empresários acusados de participar da fraude, como Joseph Safra, do Grupo Safra, e André Gerdau, do grupo que leva o nome da família.
Com essa decisão, eles não poderão mais ser ouvidos na CPI. Nem eles nem representantes do Itaú, do Bradesco e do Santander, ou da RBS, todos envolvidos no esquema de propina da fraude fiscal.
Travada desde o início pelo governo e pela oposição, afinal pouca gente no Planalto Central tem coragem de mexer nos temperos dos ricos e poderosos, a CPI aprovou poucas convocações de personagens importantes e praticamente não ouviu nenhum deles.
Mas o que causa mesmo o maior espanto é que a decisão de Maia – que aliás contraria os próprios membros da comissão – acontece exatamente no momento em que a CPI e a Zelotes estão em pleno funcionamento, e uma semana depois da prisão do representante da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) no Conselho do Carf por ter sido flagrado chantageando gente grande do banco Itaú.
Agora, resta apenas a esperança de que o cerco aos grandes caloteiros do país se feche na Zelotes, mas até mesmo essa esperança já virou ingrediente de pizzaiolo, porque a operação que começou investigando fraude fiscal de uma série de empresas grandes, acabou direcionando parte dos seus esforços para apurar a venda de medidas provisórias e um caso de corrupção envolvendo as empresas do filho do ex-presidente Lula, considerado o prato principal do combate à corrupção no país, mas que ainda não foi servido.
Enquanto isso, a pizza está na mesa, mas eu vou recusar o convite.
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