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A inauguração da Arena do Grêmio

A noite do último sábado, dia 8 de dezembro de 2012 é uma data histórica e que certamente vai ficar por muito tempo na cabeça dos torcedores gremistas. A Arena do Grêmio, o novo estádio que levou dois anos para ser construído, abriu suas portas para uma nova era.

 

A Arena

O imponente estádio tem capacidade para pouco mais de 60 mil lugares e oferece aos torcedores conforto e visibilidade de jogo excelente, em qualquer canto que se esteja assistindo à partida. Com bastante tecnologia empregada, a Arena conta com dois telões imensos onde a torcida pode acompanhar os lances do jogo e o sistema de iluminação faz a noite parecer dia.

 

A modernidade vem com o padrão europeu que traz ao futebol brasileiro o conceito de evacuação rápida dos estádios. Diferente do Olímpico onde, para sair, a torcida se concentrava em alguns poucos portões, gerando empurra empurra, a Arena conta com várias saídas rápidas em seus 4 anéis. A estimativa para que o estádio se esvazie é de até 8 minutos.

 

Outra coisa que chama a atenção é a proximidade da torcida com o campo. É possível ouvir, mesmo de longe, os barulhos do que acontece dentro de campo, como por exemplo um chute na trave, um chute forte desferido e até os berros dos jogadores. A acústica é realmente privilegiada.

 

A Arena ainda irá passar por ajustes em sua estrutura e muita coisa ainda deve melhorar: faltam muitos detalhes de acabamento, falta muita limpeza, falta uma solução para o entorno do estádio (de nada adianta ter um estádio maravilhoso, se o entorno está em ruínas) e o gramado da Arena merece muitos cuidados. Mas são questões pontuais que se acertam conforme o andamento.

 

A Festa

A festa de inauguração da Arena do Grêmio foi de arrepiar. Teve de tudo: show de acrobacias aéreas, momentos históricos, show de fogos de artifício, apresentação de danças gaúchas, apresentação do Blue Man Group, a banda dos fuzileiros navais tocando o Hino Brasileiro e Hino Rio Grandense, homenagens a atletas do passado, o discurso do ex-presidente Paulo Odone, do Presidente da Grêmio Empreendimentos, Eduardo Antonini e dos responsáveis pela OAS Empreendimentos e, por fim, o corte da fita que inaugurou o estádio.

 

Acredito que muita gente foi às lágrimas, quando às 20:25 o hino do Grêmio começou a tocar nos auto falantes e as 60 mil pessoas presentes acompanharam em uníssono. Outro momento daqueles de embargar a voz ficou à cargo da execução do Hino Rio Grandense por parte da Banda de Fuzileiros Navais e da presença brilhante de Renato Borghetti e seu acordeón.

 

Apresentações artísticas muito bem executadas e animadas, renderam ao público momentos de descontração. O que realmente não deu pra entender foi a apresentação relâmpago do trio da organização americana “Blue Man Group” que apareceu por menos de 10 minutos.

 

Por fim, o discurso de Paulo Odone, bastante inflamado, que agradeceu aos torcedores o apoio durante o ano e que afirmou que a nova casa foi feita especialmente para a massa tricolor.

 

 

 

 

 

O jogo

Relembrando o jogo de 1983, quando o Grêmio foi Campeão Mundial em Tóquio, Grêmio e Hamburgo (ALE) realizaram o primeiro jogo da Arena. Coincidência ou não, o placar foi exatamente o mesmo daquele feito: 2×1.

 

 

 

Coube ao jogador André Lima, o Guerreiro Imortal, a tarefa de entrar para a história ao anotar o primeiro gol da Arena do Grêmio, quando aos 10 minutos do primeiro tempo acertou uma testada firme após cruzamento preciso de Elano. O Grêmio foi superior em todo o primeiro tempo alternando boas chegadas à meta adversária. A esse tempo o gramado da Arena já sofria seu primeiro desafio. Ainda novo e pouco enraizado, grandes blocos de grama se soltavam com o mínimo impacto dos jogadores, ponto que merece muita atenção.

 

O destaque negativo do intervalo foi a briga da torcida, na parte destinada à Geral do Grêmio. O desentendimento nas arquibancadas rendeu na invasão do grupo de choque e da brigada militar e resultou na prisão de duas pessoas. Um papelão desnecessário para um dia tão bonito e festivo.

 

Aos 25 minutos do segundo tempo, quando o Grêmio já estava descaracterizado pela saída de jogadores essenciais como Elano, Zé Roberto e Fernando, o time do Hamburgo chegou ao empate com gol de Westerman, após cobrança de escanteio. Ele pegou firme, de primeira, e a bola desviou em Marcelo Moreno, enganando o xará Marcelo Grohe.

 

O empate parecia o resultado do jogo e a torcida já estava praticamente calada quando Marcelo Moreno, o camisa 9 do tricolor, fez ressurgir a vibração dos gremistas. Após o início da jogada de Saimon, Marquinhos cruzou da direita e o atacante empurrou para as redes. Placar final: Grêmio 2 x 1 Hamburgo.

 

Uma noite histórica para os gremistas. Uma nova era para Grêmio. Um novo horizonte ao futebol brasileiro.

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