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A eleição das desconfianças

Hoje começam oficialmente as eleições municipais em todo o país, e eu tenho cá pra mim que essa vai ser uma eleição diferente, uma eleição cheia de desconfiança, não só pela crise política e econômica que vive o país, mas também pelas novas regras eleitorais que diminuíram o período de campanha pra 45 dias e que podem judicializar ainda mais os mandatos eleitorais.

 

É que parece que por aqui politico eleito já virou sinônimo de mau gestor. E não é pra menos, depois de tantos escândalos de corrupção que nos bombardeiam todos os dias envolvendo políticos de todas as cores.

 

Mas a verdade é que a sociedade quer sim ver os corruptos na cadeia, é claro, mas não está lá muito interessada em saber onde está o dinheiro ou quem ficou com ele; o que a população quer ver mesmo são benefícios logo ali, perto de casa, e o problema é que eles não aparecem.

 

Daí, o culpado é sempre o primeiro político que encontra pela frente, e, por isso, os vereadores e o prefeito é que são massacrados com cobranças diárias bem mais que os outros, justamente por estarem mais perto dos problemas.

 

Mas é claro que, na maioria das vezes, eles não estão de santos nessa história, porque vamos combinar que é mais que comum a gente ver os políticos venderem suas receitas mágicas durante as campanhas eleitorais e nunca tirarem os coelhos da cartola depois de eleitos.

 

O certo é que, enquanto não cair essa máxima que garante o vale tudo para vencer a eleição, a gente vai seguir enganados por campanhas irreais e sofrendo com mandatos pobres, porque é bem quando aumenta muito a expectativa que o resultado é ainda mais frustrante. Os políticos sabem disso, mas é que pra ganhar a eleição, a maioria esquece qualquer responsabilidade.

 

Por isso, essa vai ser a eleição das desconfianças. É que a população já não acredita mais nos candidatos e, por isso, quaisquer que sejam os eleitos, eles já vão assumir em descrédito. Afinal, com tudo que a gente vê por aí, como é que a gente pode acreditar, não é mesmo?

 

O problema é que não temos mesmo certeza de como serão os próximos quatro anos.

 

 

O que temos mesmo é a certeza de que a gente vai ter que trabalhar mais pra pagar uma conta que não é nossa; certeza que os benefícios serão poucos diante da necessidade e da quantidade de impostos que a gente vai pagar; e a certeza que a gente vai ouvir agora promessas mirabolantes que se repetem eleição após eleição e que nunca serão cumpridas.

Memória LEOUVE

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