Meio Ambiente

Furacão – Como se formam e qual o poder de destruição de cada nível

O furacão Milton tem sido um dos fenômenos meteorológicos mais devastadores a assolar os Estados Unidos nos últimos tempos. Com ventos que podem ultrapassar os 250km/h, o Milton já forçou parte da população a deixar seus lares e tem potencial para causar inundações catastróficas e grande destruição.

Como os furacões se formam?

Os furacões são ciclones tropicais, fenômenos atmosféricos poderosos que se formam sobre águas oceânicas quentes, normalmente em áreas tropicais e subtropicais. O processo de formação de um furacão pode ser dividido em várias etapas:

  1. Aquecimento das Águas do Oceano: A primeira condição necessária para a formação de um furacão é a presença de águas quentes, com temperaturas superiores a 26,5°C (80°F). O calor da superfície do oceano é a principal fonte de energia para o desenvolvimento do sistema.
  2. Evaporação e Condensação: Quando a água quente do oceano evapora, sobe e se condensa ao atingir camadas mais frias da atmosfera, liberando calor latente. Este processo aquece o ar ao redor e provoca a formação de nuvens.
  3. Baixa Pressão: À medida que o ar quente sobe, a pressão na superfície do oceano diminui, criando uma área de baixa pressão. O ar circundante, de pressão mais alta, flui para essa área, alimentando o sistema com mais umidade e calor.
  4. Rotação: A rotação da Terra faz com que o ar que se move em direção à baixa pressão comece a girar, criando um sistema rotacional. Isso é conhecido como o efeito Coriolis, e é crucial para o desenvolvimento da estrutura ciclônica.
  5. Organização do Sistema: Com a intensificação do ciclo de evaporação e condensação, o sistema de tempestades começa a se organizar e formar um centro bem definido, conhecido como “olho do furacão”. Esse olho é cercado por uma parede de tempestades muito intensas, onde ocorrem os ventos mais fortes.
  6. Deslocamento e Crescimento: Uma vez que o ciclone tropical está totalmente formado, ele começa a se mover, geralmente seguindo as correntes de vento predominantes. Durante esse movimento, ele pode ganhar força, dependendo das condições ambientais, como a quantidade de calor oceânico disponível e a presença (ou ausência) de ventos de cisalhamento, que podem enfraquecer ou impedir o desenvolvimento.

O poder da cada tipo de furacão na Escala de Saffir-Simpson

Os furacões são classificados com base na velocidade dos ventos sustentados em uma escala chamada Escala de Furacões de Saffir-Simpson. Esta escala vai de 1 a 5, sendo que a categoria 1 representa um furacão de menor intensidade, enquanto a categoria 5 é reservada para furacões extremamente devastadores. Vamos analisar cada uma dessas categorias:

Categoria 1 (119-153 km/h): Ventos fortes o suficiente para causar danos leves a moderados em estruturas mal construídas, além de derrubar árvores e causar cortes de energia localizados.

  • Exemplos de danos: Pequenos danos em telhados e quedas de galhos. Inundações costeiras menores podem ocorrer.

Categoria 2 (154-177 km/h): Ventos muito perigosos que podem causar danos significativos a edificações, especialmente telhados e janelas. Árvores podem ser derrubadas em maior número e quedas de energia são comuns.

  • Exemplos de danos: Deterioração significativa em construções mais frágeis. Inundações costeiras podem ser mais intensas, atingindo áreas mais amplas.

Categoria 3 (178-208 km/h) – Furacão de Grande Porte: Furacões de categoria 3 causam danos devastadores. Muitos edifícios, mesmo os bem construídos, podem sofrer danos estruturais consideráveis. Árvores são arrancadas, e o corte de energia pode durar dias ou semanas.

  • Exemplos de danos: Telhados são removidos, árvores são arrancadas do solo e áreas costeiras podem sofrer inundações graves, destruindo estruturas próximas à costa.

Categoria 4 (209-251 km/h) – Furacão de Grande Porte: Ventos extremamente fortes que resultam em danos catastróficos. Grande parte da infraestrutura é danificada ou destruída, e a área afetada pode levar semanas ou meses para ser reconstruída.

  • Exemplos de danos: Telhados inteiros podem ser arrancados, paredes externas podem colapsar e inundações severas inundam grandes áreas. Moradias são praticamente inabitáveis por longos períodos após a tempestade.

Categoria 5 (acima de 252 km/h) – Furacão de Grande Porte: O nível máximo de destruição. Esses furacões causam danos catastróficos generalizados, e as áreas costeiras são completamente arrasadas. Prédios, árvores e a infraestrutura em geral podem ser destruídos por completo.

  • Exemplos de danos: Edifícios são arrasados, árvores são completamente arrancadas e inundações profundas transformam regiões costeiras em áreas inabitáveis por longos períodos. A recuperação completa pode levar anos.

O impacto de furacões como o Milton segue um padrão típico de eventos de grande porte. As áreas mais afetadas sofreram com enchentes intensas e ventos que destruíram telhados, arrancaram árvores e derrubaram linhas de energia. Muitas dessas regiões levarão meses para se recuperar completamente. Além disso, a combinação de ventos fortes e tempestades gerou grandes ondas, inundando áreas costeiras e danificando propriedades próximas à costa.

Fabiano Souza

CEO G4 Comunicação e Marketing Apaixonado por Carros e Internet. Antenado nos assuntos da Web. Criador de conteúdo digital.

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