A Brigada Militar reforçou o policiamento ostensivo na Zona Norte de Porto Alegre, após as execuções de quatro pessoas na noite da última segunda-feira, dia 4, nos bairros Rubem Berta e Mário Quintana. A mobilização envolve os policiais militares do 20º BPM e tem a finalidade de “regular as ações de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública”. As operações contam com barreiras táticas e abordagens qualificadas na rua em que ocorreu os assassinatos. O objetivo é restabelecer a segurança nestes locais. As operações estão programadas para se estender até a madrugada e devem ocorrer nos próximos 15 dias. Na quinta-feira, está prevista a Operação Cratos.

Houve a intensificação do policiamento com “barreiras, posto base, abordagens a pessoas e veículos” em alguns pontos da região. Postagens falsas que estavam circulando nas redes sociais foram identificadas e desmentidas pela BM. O comandante do 20° BPM, tenente-coronel Jacques Peiter, reforçou que essas atividades têm o intuito de arrefecer as ações criminosas, como homicídios e tráfico de drogas, e retomar a “normalidade” na região.“Participam policiais militares extremamente treinados para fazer esse tipo de ação, mais repressiva buscando trazer uma segurança mais efetiva para toda a comunidade”, ressaltou.

O comandante ainda disse que é preciso contar com a colaboração da população local. “Diversas vezes, as pessoas acabam trazendo transtornos todos, mas elas são muito importantes para que possamos desenvolver nossas atividades e trazer um resultado efetivo”, salientou.O comando do 20°BPM pretende “oferecer maior sensação de segurança à comunidade” e, por isso, “orientou o patrulhamento, dando ênfase aos bairros Rubem Berta, Mário Quintana e Jardim Dona Leopoldina”.

Execuções estão sendo investigadas

As quatro execuções estão sendo investigadas pela 5ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (5ª DPHPP) da Polícia Civil. Há suspeita que os ataques estariam ligados a uma disputa interna por lideranças do tráfico de drogas que atuam naquela região e não a um conflito entre facções criminosas rivais. O desacerto envolveria o controle de pontos de venda de entorpecentes.

Nos ataques, os atiradores supostamente estariam em uma Chevrolet Zafira. Em uma residência na rua Wolfram Metzler, no bairro Rubem Berta, estava uma mulher, de 21 anos, com o filho de um ano e meio. A moradora, que estaria grávida, foi morta a tiros no local.

Já na rua Afonso Moacir Cerioli, no bairro Mário Quintana, um casal, sendo ele de 41 anos e ela de 21 anos, foram baleados e morreram. Um homem, de 43 anos, também foi alvo dos tiros e chegou a ser socorrido e levado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Hospital Cristo Redentor, onde faleceu.