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Viúvo de ex-servidora repudia fala de ex-prefeito de Farroupilha sobre ‘caso da ambulância’

Em desdobramento da fala do ex-prefeito de Farroupilha, Claiton Gonçalves, sobre o caso da ambulância adquirida pelo município, em 2019, por meio das atas de registro de preços, a qual não tinha espaço para a maca, o ex-chefe do Executivo citou a ex-servidora pública, já falecida, Michelle Seimetz. O viúvo de Seimetz procurou a reportagem do Portal Leouve para divulgar uma nota de repúdio sobre a declaração.

Em nota, Atilio João Del Pizzol salienta que cabe à alta administração definir com clareza os objetos a serem comprados, levando em conta critérios como qualidade, custo-benefício e impacto social e ambiental. A impossibilidade de Seimetz se defender também foi relatada.

Nota de Repúdio e Indignação

É com profundo sentimento de indignação que recebemos a infeliz declaração de ex-Prefeito de Farroupilha/RS, sr. Claiton Gonçalves, o qual, de maneira insensível e desrespeitosa, mencionou o nome de Michelle Seimetz, falecida em 2022, ao tratar de questões relacionadas à compra das ambulâncias pelo Município de Farroupilha.

As compras públicas desempenham um papel crucial na garantia de que os recursos disponíveis são utilizados de maneira eficiente e transparente para atender às necessidades da sociedade. Cabe à alta administração definir com clareza os objetos a serem comprados, levando em conta critérios como qualidade, custo-benefício e impacto social e ambiental. Além disso, essa responsabilidade envolve um planejamento estratégico que considere as demandas específicas da comunidade e assegure a adequação das aquisições às políticas públicas vigentes.

Michelle era servidora de carreira do Município e, como agente administrativa, não tinha poderes para elencar demandas ou definir contratações do Município de Farroupilha. Essa responsabilidade cabia ao prefeito Claiton Gonçalves e aos seus secretários municipais, que tinham a função de identificar as necessidades da comunidade e assegurar que as compras públicas fossem realizadas de forma eficiente, transparente e em conformidade com a legislação vigente.

A forma como a memória de Michelle Seimetz foi tratada na declaração mostra um total desrespeito pela pessoa, profissional e legado dela. Fazemos aqui um veemente repúdio à instrumentalização de um nome que já não pode defender-se ou esclarecer os fatos devida à sua ausência. Michelle Seimetz não está mais entre nós, e usar o seu nome dessa maneira é, no mínimo, ultrajante.

Reiteramos nossa confiança e respeito ao trabalho desenvolvido por Michelle, e solicitamos que em futuras comunicações oficiais o nome dela seja tratado com a devida reverência e respeito que lhe são merecidos. Exigimos também que o foco das informações seja mantido em dados objetivos e transparentes, sem recorrer a alusões desnecessárias que envolvam pessoas falecidas.

Esperamos sinceramente que situações como essa não se repitam e que a memória e honra de Michelle Seimetz sejam preservadas.

A fala de Claiton Gonçalves ao Portal Leouve

Na última segunda-feira (10), Claiton Gonçalves, de forma exclusiva ao Portal Leouve, se defendeu sobre compra da ambulância sem espaço para a maca em 2019. Na oportunidade ele disse que informações da época poderiam ser conferidas no Portal da Transparência:

Quando aconteceu de não conferir a entrega em relação a compra, foi instalado processo pelas compras da prefeitura, dentro dos trâmites legais. Normalmente quem fiscalizava esta modalidade era Michelle Seimetz, hoje já falecida”.

O que são atas de registro?

Atas de registro de preços são semelhantes a cadastros de referência do custo de certos serviços ou produtos, usado para determinar futuras compras públicas. Deste modo, uma prefeitura de uma região do país pode utilizar uma ata registrada em outra região. No entanto é necessário comprovar a chamada “vantajosidade” da adesão (mostrar que é viável e melhor economicamente comprar o item pelo valor estipulado).

Nesta modalidade, os chamados corretores estariam forjando os valores para conseguir vantagens indevidas. Um destes corretores seria o ex-deputado federal, Evandro Roman, do Paraná, segundo as investigações. Em uma gravação, ele declara que o esquema poderia gerar retorno de até 30% do valor total da compra. O percentual seria desviado dos cofres públicos.

Confira aqui as reportagens:

Farroupilha compra ambulância sem espaço para maca;

Ex-prefeito de Farroupilha se defende sobre compra de ambulância sem espaço para a maca em 2019.

Eduardo Garcia

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